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CNI projeta crescimento de 2,1% na economia brasileira em 2023

por Esther Vasconcelos
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para cima sua projeção de crescimento econômico para este ano devido ao bom desempenho do agronegócio.

Conforme divulgado no Informe Conjuntural do 2º Trimestre, publicado nesta quinta-feira (12) pela CNI, a estimativa anterior de 1,2% em abril foi atualizada para 2,1% em julho.

No entanto, a CNI alerta que essa melhoria é atribuída apenas ao desempenho do agronegócio, enquanto os outros setores da economia estão encolhendo ou desacelerando.

A entidade ressalta a necessidade de reformas no sistema tributário e de redução das taxas de juros para estimular a economia brasileira.

Indústria

De acordo com as estimativas da CNI, enquanto o setor agropecuário deverá apresentar um crescimento de 13,8% neste ano, impulsionado pela produção recorde de alimentos, a indústria terá uma expansão de apenas 0,6%.

Metalúrgica Durametal, durante fabricação de cubos de rodas.

O desempenho dentro do setor industrial também mostra disparidades: a indústria da construção terá um crescimento de 1,5%, enquanto a indústria de transformação, afetada pelas altas taxas de juros, deverá encolher 0,9% em 2023.

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Complexidade do sistema tributário e escassez de crédito

Em comunicado, a CNI ressalta que a indústria nacional enfrenta dificuldades de competitividade devido à complexidade do sistema tributário e à escassez de crédito resultante das altas taxas de juros.

“O Brasil tem dificuldades de crescimento porque, apesar de termos uma superprodução de produtos agrícolas, falta competitividade à indústria nacional, principalmente pela complexidade do sistema tributário. Os juros são exorbitantes, tornam o crédito mais escasso e prejudicam a indústria e os consumidores. Mas as expectativas são positivas, com o avanço da reforma tributária no Congresso e a queda da inflação, que permitirá ao Banco Central iniciar a redução dos juros. Além disso, o governo precisa acelerar a implementação de uma política industrial, para que o país tenha uma maior inserção nas cadeias globais de produção, de forma inovadora e sustentável”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

No entanto, a entidade considera que o progresso da reforma tributária no Congresso Nacional e a expectativa de redução da Taxa Selic (taxa básica de juros da economia) no próximo semestre são fatores positivos que melhoram as perspectivas para a economia brasileira.

Além da aprovação da reforma tributária e da redução dos juros, a CNI solicita que o governo acelere a implementação de uma política industrial que permita ao país inserir-se nas cadeias globais de produção de maneira inovadora e sustentável.

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