Com a intenção de conseguir rendimentos maiores em um cenário de taxa Selic na mínima histórica, o investidor teve que sair da renda fixa e buscar novas opções na renda variável.
Um investimento que combina esses dois mercados, oferecendo a segurança da renda fixa e a rentabilidade da renda variável, é o COE (Certificado de Operações Estruturadas).
Esse investimento é a versão brasileira das Notas Estruturadas, muito conhecida nos Estados Unidos e em países da Europa.
Nessa aplicação, o retorno financeiro pode estar atrelado a índices e ativos, como ações nacionais e estrangeiras, taxas de juros, moedas, commodities, índices da B3, entre outros.
De acordo com o assessor de investimentos, Paulo Saad, da WFlow – escritório Private especializado em Assessoria Financeira e Patrimonial credenciado à XP Investimentos, as aplicações em COE precisam ser estruturadas de acordo com o perfil de risco, assim será mais fácil identificar quais são os produtos mais indicados para o período e objetivos do investidor.
“Como nesse investimento é possível unir ativos da renda fixa e da renda variável, ele alcança desde investidores conservadores até os mais agressivos.
Para investir nessa modalidade, é preciso definir a categoria, ter um valor mínimo aplicado e escolher entre indexadores nacionais ou internacionais.
Por meio do COE, o investidor possui flexibilidade para ter rendimento em diferentes cenários”, afirma Saad.
Os investimentos em COE possuem duas categorias, sendo elas o de Valor Nominal Protegido e o de Valor Nominal em Risco.
Na opção de Valor Nominal Protegido, o investidor consegue receber o valor investido inicialmente, mesmo se as oscilações no mercado financeiro tiverem um desempenho negativo e prejudicarem a rentabilidade da aplicação.
Já na categoria em COE de Valor Nominal em Risco, não é oferecido nenhuma garantia, sendo mais indicada para investidores que possuem perfil de investimento entre moderado e agressivo, por conta da volatilidade do mercado.
“Diferente de outros investimentos, os COEs não possuem algumas taxas como de administração e custódia.
Porém, como essa modalidade não tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, o investidor precisa ter conhecimento do emissor do título e buscar corretoras com credibilidade no mercado”, finaliza Paulo Saad.
Por Paulo Saad, da WFlow