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Comércio Exterior: Conheça os desafios desse setor para as PMEs

por Wesley Carrijo
14 minutos ler
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Muitas micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras já trabalham com o envio de dinheiro para o exterior por meio do comércio internacional.

Conforme dados do Sebrae de 2019, mais de 40% das empresas exportadoras do País têm esse porte.

Somente em 2018, elas alcançaram a soma de 1,24 bilhão de dólares em vendas externas. 

Apesar do dado positivo, a expectativa é incentivar ainda mais a internacionalização.

Muito desse estímulo vem da legislação, como veremos a seguir.

Diante desse cenário, as operações internacionais representam uma grande oportunidade para ganhar mais e se diferenciar no mercado. 

Por isso, neste post explicamos melhor esse contexto e como enviar dinheiro para o exterior. Acompanhe! 

O que caracteriza as micro e pequenas empresas? 

Para a Lei Geral, a definição das MPEs depende de seu faturamento anual.

As microempresas são aquelas com receita total de até R$ 360 mil.

Por sua vez, as pequenas têm um ganho entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões

Desde a implantação da Lei Geral, as MPEs têm vários benefícios garantidos.

Entre eles estão: 

1. facilidade de acesso ao mercado; 

2. simplificação e desburocratização; 

3. estímulo à inovação e exportação; 

4. simplicidade para obter crédito. 

Segundo dados do Sebrae, as micro e pequenas empresas são as grandes geradoras de riqueza no Brasil.

Elas são responsáveis por 53,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor de comércio.

Na indústria, chega a 22,5% e no segmento de serviços, 36,3%. 

Os dados de 2019 do Sebrae mostram que, no total, a média de participação chega a 30%.

Esse incentivo é derivado, principalmente, da legislação brasileira.

Nos últimos anos, ela foi adaptada para facilitar a participação das MPEs no mercado externo. 

Tudo começou com a Lei 123/2006 — também chamada de Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Ela oferece um tratamento diferenciado a esses negócios e oferece os benefícios já citados. 

Por sua vez, a Lei 147/2014 garante acesso ao mercado externo pela simplificação dos processo.

Quais são os desafios do comércio exterior para PMEs? 

Os processos são facilitados, mas muitos micro e pequenos empresários ainda têm dúvidas sobre a exportação e a importação.

As principais dificuldades surgidas nesse cenário são: 

Capacidade de gestão 

A centralização das tomadas de decisão dificulta a entrada no mercado externo, já que essa é uma escolha estratégica e que exige fluidez nos processos. 

Necessidade de atualização tecnológica 

O investimento em ferramentas e sistemas é fundamental para ser compatível com concorrentes internacionais. 

Adequação do produto ao mercado externo 

As mercadorias precisam ser revisadas para serem aceitas em outros países, o que implica a produção de protótipos antes da concretização do negócio. 

Adequação a certificações e normas 

Os países têm diretrizes específicas que precisam ser seguidas.

Elas são relativas à saúde, higiene, prevenção de acidentes, segurança, etc. 

Financiamento da venda e da produção 

O prazo do ciclo produtivo, de venda e recebimento é maior, o que demanda mais capital de giro. 

Necessidade de escala de produção 

As demandas tendem a ser maiores, o que exige uma escala produtiva mais ampla.

É preciso cuidar para não oferecer produtos que será impossível atender. 

Controle de qualidade 

Uma reclamação comum dos importadores é o recebimento de uma amostra de qualidade, cujo padrão não é continuado.

O padrão deve ser mantido.

Por isso, é preciso usar a tecnologia adequada e ter processos eficientes. 

Embalagem e transporte 

A logística é diferenciada, inclusive pelo tempo de viagem mais longo.

Isso requer embalagens mais fortes.

A carga também é acomodada em contêineres e suas quantidades devem ser consideradas de maneira prévia para fazer um cálculo correto de custos e preços de exportação

Legislação

O exportador precisa conhecer a legislação do país que receberá a carga, para evitar problemas.

Assim, é necessário ter um pessoal capacitado ou contratar uma assessoria para elaborar o projeto de comércio exterior. 

Distribuição, assistência e pós-venda no país comprador 

A operação completa deve ser avaliada pelo empresário.

Em alguns casos, vale a pena terceirizar algumas etapas ou pensar Free on Board (FOB).

Nesse caso, a preocupação é relativa à operação e aos custos até o embarque da mercadoria. 

Nível de entendimento do mercado 

O empresário deve se envolver e entender sobre as operações, mesmo que conte com intermediários. 

Promoção comercial 

A divulgação é mais cara e acaba sendo esquecida.

No entanto, é fundamental para conquistar espaço no mercado. 

Comércio Exterior para PMEs

Quais são as vantagens de internacionalizar o negócio? 

Na hora de optar pelo comércio exterior, é comum haver muitas dúvidas.

Elas abrangem desde o envio de dinheiro para o exterior, até a conquista de clientes e legislação.

No entanto, com o apoio de uma contabilidade online e acesso a conteúdos de qualidade, é possível ultrapassar os desafios. 

Ao alcançar esse patamar, sua MPE alcança vários benefícios.

Entre eles estão: 

  • diversificação de mercados; 
  • redução da dependência do mercado interno; 
  • melhoria da qualidade dos produtos e serviços; 
  • possibilidade de internacionalizar a marca;
  • diminuição dos custos com o aumento de escala; 
  • prolongamento do ciclo de vida do produto; 
  • aproveitamento de eventual capacidade ociosa; 
  • ampliação da visão empresarial e de negócio. 

O que é uma transferência internacional? 

O processo é sinônimo de enviar dinheiro para o exterior.

Basicamente, você transfere a quantia da sua conta-corrente para outra, que está hospedada em um país estrangeiro.

Para isso, é preciso usar uma plataforma específica e pagar as taxas que envolvem as operações de câmbio. 

As transferências internacionais são regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e fiscalizadas pelo Banco Central (BC).

Elas devem ser realizadas da maneira correta para evitar crimes de sonegação e evasão fiscal. 

Existem diferentes maneiras de enviar dinheiro para o exterior e todas abrangem uma plataforma, que pode ser de uma instituição financeira tradicional ou uma fintech.

A diferença é que a segunda tende a ser mais barata. 

Um exemplo é a Remessa Online.

Por meio do serviço online, você faz o envio de dinheiro para o exterior e também pode receber valores devido aos produtos vendidos ou serviços prestados.

Para isso, basta fazer seu cadastro como pessoa jurídica e utilizar a plataforma. Como vantagens, podem ser citados: 

  • prazo da operação de até 1 dia útil; 
  • cobrança de taxa de câmbio comercial, ou seja, sem aplicação de margem de lucro; 
  • ausência de tarifa bancária para valores acima de R$ 2.500 ou o equivalente em outra moeda — antes disso, a cobrança é de R$ 5,90; 4. cobrança de 1,3% de custo fixo, para operações de qualquer valor. 

Como enviar dinheiro para o exterior? 

Para executar a operação de envio de dinheiro para o exterior, é preciso se cadastrar na plataforma.

No caso da Remessa Online, você deve fazer o cadastro como pessoa jurídica.

A depender do modelo da sua empresa, serão solicitados alguns documentos. Veja! 

EIRELIS 

No caso das Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada, é preciso apresentar: 

  1. Fichas cadastrais de pessoa física e jurídica; 
  2. Documento de identificação e comprovante de residência do representante; 
  3. Última alteração contratual; 
  4. Balanço patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), ou Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS) e Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS); 
  5. Certidão simplificada, emitida pela Junta Comercial há 180 dias, no máximo. 

EPPs 

Por sua vez, as Empresas de Pequeno Porte devem oferecer: 

1. fichas cadastrais PF e PJ;

2. documento de identificação e comprovante de residência do representante;

3. requerimento de empresário;

4. balanço patrimonial e DRE, ou cópia do DEFIS e extrato simples do PGDAS;

5. certidão simplificada, emitida pela Junta Comercial há 180 dias, no máximo. 

Com os documentos em mãos, basta fazer o cadastro, preenchendo as informações exigidas.

Em seguida, é preciso aguardar o período de aprovação.

O máximo é de 2 dias úteis.

A partir disso, a conta já pode ser operada. 

Para fazer o envio do dinheiro para o exterior, acesse a plataforma e cadastre uma nova operação em “Pagamentos”.

Envie os documentos de comprovação e aguarde a aprovação por e-mail.

Esse período dura, no máximo, duas horas

Então, você terá acesso aos dados para efetuar a TED.

Assim que o pagamento for identificado, o dinheiro será transferido para o exterior e chegará na conta do beneficiário em até 1 dia útil

Agora, você já entendeu o que fazer para enviar dinheiro para o exterior! Basta contar com o suporte adequado e realizar as transações necessárias.

Fonte: Contabilizei

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