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Como fazer um plano de contas contábil eficiente?

O plano de contas Contábil da sua empresa está bem definido? Ele atende a todas as necessidades do negócio e é capaz de fornecer suporte para que a contabilidade possa   prover informações necessárias para a tomada de decisões?

Essas são perguntas que muitos empreendedores sequer imaginam e, se a fizerem um dia, entretanto, precisam observar essa importantíssima ferramenta. Sem ela, pode haver alguns   problemas administrativos difíceis de serem identificados.

Neste artigo, mostraremos um pouco mais sobre o plano de contas, sua importância, os tipos existentes e como montar o da sua empresa. Acompanhe!

A importância do plano de contas Contábil

O plano de contas Contábil é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. Entende-se por fatos e atos todas as operações de entradas e saídas que resultem em modificações patrimoniais de uma empresa.

Quando o plano de contas Contábil de uma empresa é elaborado de forma organizada, muito bem estruturado e planejado, será possível ter um controle mais acurado das informações geradas pela Contabilidade, proporcionando, assim, uma série de benefícios que auxiliam no entendimento das informações tais como: maior organização das contas, detalhamento de dados, controles de recebimentos, pagamentos, cálculo de impostos diretos, elaboração das demonstrações contábeis, entre outros.

Diferenças entre o plano de contas Contábil, Gerencial e Referencial

Existem, basicamente, três tipos de plano de contas: o Contábil, o Gerencial e o Referencial.

  1. o Contábil, que, como você já sabe, servirá basicamente à gestão  da empresa para que ela possa  disponibilizar dados econômicos de evolução patrimonial aos investidores e ao mercado.
  2. O Gerencial, é elaborado em casos em que há a necessidade de verificação de resultados, possibilitando, assim, uma ferramenta mais voltada para a área de gerenciamento e finanças. Diferentemente do plano de contas Contábil, o Gerencial não apresenta um padrão pré-determinado. Ele pode ser elaborado de forma mais simplificada, de modo que atenda perfeitamente às necessidades da empresa, sem que haja uma interferência da legislação quanto à sua estrutura, o que não ocorre no plano de contas Contábil. Ele pode servir para várias finalidades, entre elas, diagnosticar a saúde financeira empresarial.
  3. O   Referencial, é um modelo totalmente estruturado pela Receita Federal. Sua finalidade possibilitar que as empresas prestem informações ao Fisco de forma padronizada. Ele é um padrão que foi criado para atender às obrigações relacionadas ao Sistema Público de Escrituração Digital, o famoso SPED. Geralmente, no momento de enviar essas declarações, é necessário fazer uma vinculação do seu plano de contas contábil com o referencial, tendo em vista que esse último abrange uma quantidade gigantesca de informações para poder servir aos mais variados tipos de negócios e segmentos de mercado nacional.

Elementos que precisam estar presentes em seu plano de contas Contábil

Voltando ao plano de contas Contábil, existem alguns padrões de estrutura que precisam ser observados, tanto para cumprir com as exigências legais quanto para gerar informações consolidadas e úteis. Dessa forma, a classificação do plano de contas seguirá na ordem dos tópicos seguintes.

Ativos

Inicialmente, devem ser elencadas as contas do grupo do Ativo. Nessa parte, são cadastrados todos os bens e direitos de um negócio, iniciando sempre pela conta que tem o maior grau de liquidez para a menor.

Por exemplo, a primeira conta de um plano, quase sempre, será o Caixa, seguido dos bancos, clientes a receber, créditos diversos, estoques, imobilizado e assim por diante, sempre estando à frente aqueles bens ou direitos que têm maior liquidez, ou seja, que podem ser transformados em dinheiro em espécie o mais rápido possível.

Passivos

Em seguida, temos as contas que relacionam as obrigações da empresa para com os terceiros, bem como seus sócios. Seguindo o mesmo critério do ativo, a ordem será o vencimento das obrigações, primeiro as que vencem no mesmo exercício, seguido das   que vencerão no próximo. Assim, teremos: fornecedores e empréstimos de curto prazo, obrigações de longo prazo e as dívidas da empresa para com seus sócios.

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) – Receitas e Despesas

A DRE espelha resumida e verticalmente o resultado de operações acontecidas na vida econômica da empresa num determinado período temporal, normalmente, de 12 meses.

Numa DRE, imprescindivelmente, não deverá faltar o Resultado Operacional Bruto, composto pela Receita Operacional Líquida (faturamento líquido) da empresa com a subtração dos Custos a ela implicada.

A rigor antes de uma DRE oferecer o valor do Resultado Líquido do Exercício deve-se considerar todas as Despesas Operacionais, o Líquido das Receitas e Despesas Financeiras, a variável de Outras Receitas e Despesas, o Imposto Direto incidente e por fim as Participações diversas.

Contas sintéticas e analíticas do plano Contábil

Também é fundamental que você entenda o conceito de contas Analíticas e Sintéticas, onde serão lançados os movimentos que ocorrerem no dia a dia do seu negócio.

As contas Analíticas podem ser definidas como as que representam elementos patrimoniais de maior grau de detalhamento; serão é nelas que você fará os registros das movimentações ocorridas, e o somatório de um mesmo grupo de contas Analíticas resultará numa Sintética.

Ambas são de extrema importância, porém, os momentos de análise serão totalmente diferentes. As contas Analíticas servirão para verificar transações mais específicas, enquanto as Sintéticas demonstrarão uma posição mais ampla de determinada área da empresa.

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Conteúdo original Irko

Ricardo

Redação Jornal Contábil

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