O aumento dos gastos com material escolar, IPVA e licenciamento, e IPTU representa um desafio significativo para os brasileiros, muitos dos quais já enfrentam apertos financeiros.
Conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada em novembro de 2023, cerca de 76,6% das famílias tinham dívidas a vencer. Com números tão elevados, a despesa com os tributos e objetos do colégio pode se tornar uma carga a mais no orçamento.
Rogério Brandão, planejador financeiro, mentor sênior e acionista da Serafin, afirma que a busca por livros, uniformes, e materiais específicos pressiona o orçamento familiar. “Com esses pagamentos, muitas vezes sobra pouco espaço para outras necessidades. Além disso, a elevação das taxas de IPVA e licenciamento de veículos é uma realidade que impacta diretamente os proprietários de automóveis no Brasil. Esses impostos, obrigatórios para a circulação legal dos veículos, podem representar uma fatia considerável do orçamento doméstico. O desafio é ainda mais significativo para famílias que dependem de seus veículos para o trabalho e transporte diário, tornando essas despesas praticamente inevitáveis”, explica.
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O IPTU, por sua vez, é mais um elemento a contribuir para o aperto nas contas. Com o aumento dessas taxas municipais, pode haver um impacto considerável no orçamento, afetando principalmente aqueles que possuem imóveis próprios. “Esses gastos adicionais podem dificultar o equilíbrio financeiro, exigindo planejamento cuidadoso e, em alguns casos, adaptações no estilo de vida para enfrentar os desafios econômicos”, esclarece o especialista.
Como se planejar?
Brandão sugere que, ao enfrentar esses obstáculos, é essencial explorar alternativas para economizar. Isso pode incluir a pesquisa por descontos em materiais escolares, o planejamento antecipado do pagamento de tributos e a busca por programas de parcelamento que aliviam a pressão financeira no início do ano. “Em um cenário em que muitas famílias possuem dívidas acumuladas, também é importante a negociação com credores. Buscar acordos flexíveis e renegociar prazos pode ser uma estratégia eficaz para lidar com os compromissos das finanças, permitindo que enfrentem os gastos de forma mais equilibrada”, pondera.
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Além da economia e do ajuste de dívidas, um planejamento financeiro pessoal sólido tem papel essencial nessa época do ano. Para Rogério, a organização das finanças familiares, a definição de prioridades e metas financeiras, além de um controle rigoroso dos gastos, são boas estratégias para superar as despesas.
Em relação aos impostos, Brandão ressalta que é válido explorar possíveis incentivos fiscais oferecidos por programas governamentais. “Conhecer e aproveitar tais benefícios pode representar uma oportunidade para aliviar a carga tributária, contribuindo para uma gestão financeira mais eficiente”, ilustra.
