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Como o Drex vai impactar na sua rotina diária? O que vai mudar?

A entrada em vigor do Drex, o real digital, tem, segundo especialistas, o potencial de mudar para melhor as atuais relações de consumo em transações como a compra, venda ou transferência de titularidade de veículos ou imóveis. Além de ajudar na solicitação de crédito, inclusive rural, e ainda colaborar para eliminar parte da burocracia existente atualmente nos cartórios.

Como boa parte da população ainda não está preparada para viver no novo ambiente tecnológico, a tendência é que ocorra maior demanda por orientações de profissionais especializados da área de contabilidade. 

Estes já precisam começar a se capacitar para lidar com as dúvidas e as dificuldades que podem surgir. A previsão é que no dia a dia ocorram alterações em operações de empréstimos, financiamentos, aplicações e operações comerciais, como transações com ativos fixos, mercadorias e negociação de dívidas com fornecedores. Além disso, é possível haver inúmeras consultas relativas a questões tributárias e previdenciárias. 

Com o DREX, também será possível realizar assinaturas digitais seguras, viabilizando contratos e transações online de forma prática e eficiente.

Atualmente, há 16 consórcios envolvidos com o Drex, com bancos como Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú, Santander, BTG, ABC, Inter, Nubank e BV, além da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), a corretora XP, a Tecban, consórcios de cooperativas de crédito e até empresas de criptomoedas como o MB (Mercado Bitcoin).

Como acessar o Drex?

O Drex será utilizado por meio do aplicativo do banco ou da instituição financeira escolhida pelo usuário e não exige um aplicativo exclusivo.

O usuário poderá optar pela instituição que melhor atenda às suas necessidades e, a partir disso, acessar o portfólio de serviços e produtos oferecidos, inclusive de outras instituições por meio do open finance. O uso do Drex será opcional e não obrigatório para todos os clientes.

Quais as diferenças entre Pix e Drex

Drex e Pix têm funções complementares, não competem entre si. O Pix vai continuar sendo usado para pagamentos cotidianos, enquanto o Drex vai além disso, introduzindo novas possibilidades como contratos inteligentes, tokens e pagamentos por meio da Internet das Coisas (IoT). 

Cada um atende a diferentes necessidades dentro do sistema financeiro, com o Drex focado em transações mais complexas e automatizadas.

Enquanto o Pix facilita transferências instantâneas entre pessoas e empresas, o Drex tem um escopo mais amplo, permitindo transações automatizadas e complexas. 

Em um primeiro momento, o Drex deverá ser utilizado principalmente em transações entre instituições financeiras, mas com o tempo, poderá se expandir para consumidores finais.

Como o Drex será usado no dia a dia?

Um dos exemplos práticos de uso do Drex é a simplificação de processos como a compra de imóveis e veículos. Com contratos inteligentes, o sistema pode garantir que as transações só sejam concluídas quando todas as condições estabelecidas previamente forem atendidas, eliminando dúvidas sobre quem deve agir primeiro. O resultado será uma redução significativa de burocracia e custos administrativos.

O Drex também vai possibilitar que serviços financeiros, como empréstimos, seguros e até o gerenciamento de direitos autorais, sejam executados de forma mais eficiente, reduzindo o risco de erros humanos ou fraudes. 

A criação de uma moeda digital soberana no Brasil deve impulsionar o avanço de projetos de tokenização, seguindo uma tendência que já se observa em outros países.

Quando será lançado e como vai funcionar?

A previsão é que o Drex seja oficialmente lançado em 2025. Para acessar a Plataforma Drex, os usuários precisarão de um intermediário autorizado, como um banco, que fará a transferência de valores para suas carteiras digitais. 

Os serviços oferecidos pela plataforma Drex incluirão a execução de contratos inteligentes, que serão adaptados às necessidades dos clientes, garantindo que todas as condições sejam cumpridas antes da finalização da transação. 

Isso trará mais segurança e eficiência ao sistema financeiro, segundo o Banco Central, democratizando o acesso a essas inovações tecnológicas.

Ana Luzia Rodrigues

Jornalista há 30 anos já atuou nas redações de jornais de Teresópolis como reporter, editora , diagramadora. Fez vários textos jornalísticos para o evento Rio 92 e atualmente está atuando no jornalismo digital integrando a equipe do Jornal Contábil.

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