Uma investigação recente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou um esquema de sonegação fiscal envolvendo redes de supermercados. As empresas acumulam uma dívida de R$ 500 milhões com a Receita Federal, evidenciando um problema grave que afeta o sistema tributário brasileiro e impacta diretamente a sociedade.
Detalhes do Caso:
- Operação Romanos: A investigação, batizada de “Romanos 13:7”, foi deflagrada em 22 de março de 2024 e cumpriu oito mandados de busca e apreensão em empresas de supermercados.
- Alvos da Investigação: A investigação foca em duas redes de supermercados do Distrito Federal: Supercei e Super ABC.
- Dívida com a Receita: As empresas investigadas acumulam uma dívida de R$ 500 milhões com a Receita Federal, referente a sonegação de impostos como ICMS, PIS e Cofins.
- Esquema de Sonegação: Segundo a PCDF, os supermercados utilizavam empresas de fachada para declarar créditos tributários fraudulentos, reduzindo artificialmente o valor dos impostos a serem pagos.
- Possíveis Crimes: Os investigados podem responder por crimes como sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Impactos do Caso:
- Prejuízo ao Fisco: A sonegação fiscal priva o Estado de recursos essenciais para o financiamento de políticas públicas como saúde, educação e segurança.
- Concorrência Desleal: A sonegação coloca em desvantagem empresas que cumprem suas obrigações fiscais, criando um ambiente de concorrência desleal.
- Impacto na Sociedade: A sonegação fiscal contribui para o aumento da carga tributária para os cidadãos honestos e prejudica o desenvolvimento do país.
Desdobramentos do Caso:
- Investigação em Curso: A investigação da PCDF está em curso e busca identificar todos os envolvidos no esquema de sonegação fiscal.
- Possíveis Sanções: Os investigados podem ser multados, ter seus bens confiscados e até serem presos, caso sejam condenados pelos crimes.
- Reflexão para o Setor Supermercadista: O caso serve como um alerta para o setor supermercadista e reforça a necessidade de um ambiente de negócios ético e transparente.
As equipes cumprem oito mandados de busca e apreensão, em casas e sedes de empresas dos alvos, que são da mesma família e sócios da rede de mercados Supercei. Trata-se dos irmãos Elias e Hélio Felis Palazzo, investigados por sonegar R$ 259.465.604,79 em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), entre 2006 e 2016, e por lavagem de dinheiro, no valor corrigido de R$ 218.464.000,88.
De maneira recorrente, os investigados cometiam fraudes por meio da declaração de débitos tributários a recolher, mas sem pagar os impostos devidos. O grupo informava ter quitado as dívidas, porém, não repassava os valores aos órgãos competentes. A sonegação levou a um passivo superior a R$ 500 milhões.