Fique Sabendo

Comprar carro pela Pessoa Jurídica pode ser mais vantajoso

Você sabia que quem tem empresa pode comprar carro e conseguir descontos interessantes de até 30%? Sim, é a venda direta oferecida por várias montadoras que pode ser feita por quem tem CNPJ, mesmo que seja MEI.

Esse tipo de compra, que pode ser muito vantajosa, tem regras, pode ter limitações de unidades e de versões, os descontos variam dependendo da marca e do modelo e, ainda, mudam a cada mês.

Mesmo assim, pode ser uma boa opção para você alavancar o seu negócio com a aquisição de um carro zero.

Como ter desconto na compra de carro sendo pessoa jurídica?

Para comprar seu carro novo pela empresa, você deve procurar uma concessionária que, neste caso, vai cuidar do processo de negociação e entrega, pois o faturamento será feito diretamente com a fábrica.

Vale fazer uma boa pesquisa, pois, como dissemos, os descontos variam em função da marca e do modelo e sofrem alterações com frequência. 

Feita a pesquisa, leve o cartão CNPJ, comprovante de endereço da empresa e o documento do responsável pela compra – é necessário que seja o proprietário ou sócio ou tenha procuração para fazer a compra em nome da empresa. 

Posso financiar a compra de carro na pessoa jurídica?

Sim, se você for financiar, vai precisar também do contrato social e da documentação dos demais sócios, se houver. 

As condições de financiamento também devem ser levantadas, pois há marcas que oferecem as mesmas condições de financiamento para pessoas físicas e jurídicas e outras são mais restritivas com as empresas. 

Como funciona o seguro para carro de pessoa jurídica?

Já que você pesquisou bastante para comprar o carro da sua empresa, vale também pesquisar as condições e preços das seguradoras.

Mas fique tranquilo, pois o seguro auto para pessoa jurídica é muito parecido ao seguro para pessoa física. 

O seguro vai oferecer as coberturas principais como danos parciais ou integrais ao veículo em caso de colisão, furto, roubo e incêndio; danos a terceiros e acidentes pessoais a passageiros.

Além de oferecer a opção de contratar opções especiais, como a cobertura de lucros cessantes, assistência 24 horas, carro reserva, proteção de vidros, cobertura para kit gás, entre outras. 

A cobertura de lucros cessantes, oferecida ao seguro para veículo em nome da empresa, é bastante conhecida no mundo dos negócios.

Ela oferece uma indenização em caso de prejuízos por ter ficado sem trabalhar ou por ter acontecido algum evento que prejudique o andamento dos negócios. É uma cobertura opcional. 

O contrato será assinado entre a seguradora e a empresa, sem o envolvimento de pessoa física. 

Quem pode dirigir o carro da pessoa jurídica?

Esta é uma pergunta importante. Legalmente, qualquer pessoa habilitada, ou seja, que possua a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em dia, pode dirigir o veículo em nome da empresa.

A questão é que se houver multa, por excesso de velocidade, por exemplo, a empresa vai receber a notificação de autuação por infração à legislação de trânsito, documento que chega antes da multa e, prontamente, terá que indicar o condutor.

E isso pode gerar muito estresse, não é mesmo? Além de indicar o nome do seu funcionário ou, mesmo amigo, para que receba a pontuação na carteira, pode gerar a dúvida de quem paga a multa.

E, caso sua empresa não identifique o condutor, poderá receber uma nova infração do mesmo valor da multa inicial, além da multa original.

Vai doer no bolso, por isso, pense bem em quem vai dirigir e faça as combinações necessárias para evitar esse tipo de constrangimento e de gasto desnecessário.

É vantagem comprar carro na pessoa jurídica?

O grande benefício de comprar um automóvel com um CNPJ é o preço mais baixo e as facilidades de financiamento, especialmente se você fizer compras maiores.

Por exemplo, se sua empresa trabalha com transporte e precisa de dez caminhões, com certeza vai conseguir descontos bastante expressivos.

Já a principal desvantagem é que o automóvel comprado com um CNPJ é da empresa e não da pessoa física.

Isso pode ser problema se o seu negócio não estiver bem e gerar prejuízos ou dívidas, pois o veículo pode ser tomado como meio de pagamento pelos débitos em execuções judiciais.

Além disso, o carro não pode ser liquidado para pagar as contas pessoais do empreendedor.

Outra questão a ser considerada é que a empresa não poderá vender o veículo por pelo menos um ano depois da compra, pois poderia ser considerada uma fraude, já que poderia haver uma margem de um “lucro” nessa operação.

E não é essa a ideia do benefício oferecido às empresas. 

Além disso, não é permitido transferir dinheiro da própria conta para a conta da empresa e comprar um veículo com ele, pois isso o caracterizaria como um bem pessoal. 

Como vimos, essa é uma opção interessante se você encontrar o modelo que precisa e com um desconto bacana e, principalmente, se realmente for trabalhar com o veículo e usá-lo  para a empresa. 

Como contabilizar o carro na empresa e declarar IRPF?

No imposto de renda, você vai informar os detalhes da aquisição, como os dados de quem você comprou, a marca, o modelo, o ano de fabricação, a placa, a data e a forma de aquisição (se for financiamento, informe a quantidade de parcelas pagas), além do RENAVAN.

Agora, o veículo passa a integrar o ativo da empresa e passa a fazer parte da apuração do ganho de capital do negócio.

Quando sua empresa decidir vender o automóvel, vai precisar avaliar se houve lucro ou prejuízo na operação, apurando se houve ganho de capital.  

Para essa e outras decisões, você pode contar com a Contabilizei, mesmo que ainda esteja pensando em abrir sua empresa.

Por: Guilherme Soares, engenheiro formado pela Universidade de São Paulo com mestrado em administração de empresas pela London Business School. Guilherme atuou como consultor de estratégia de negócios na Bain & Company e liderou áreas de estratégia comercial e produtos na Latam Airlines Cargo e Cielo. Iniciou na Contabilizei em 2018.

Fonte: Contabilizei

Gabriel Dau

Estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, atualmente trabalha como Redator do Jornal Contábil sendo responsável pela elaboração e desenvolvimento de conteúdos.

Recent Posts

Brasil atinge 21,6 milhões de empresas ativas em 2024; Simples Nacional domina 84% do mercado

Introdução ao Relatório Jornal Contábil de Empresas no Brasil O Brasil encerrou 2024 com 21,6 milhões…

8 horas ago

Artigo: O empresariado brasileiro e o ano mais difícil na transição pós-reforma

A reforma tributária, solução para simplificar a tributação sobre o consumo, apresenta desafios significativos para…

9 horas ago

Inscrições para o Fies abertas até sexta-feira, dia 7. Veja como fazer

Se você participou de alguma edição do Enem, quer parcelar seus estudos e está tentando…

10 horas ago

Inteligência Artificial e os escritórios contábeis: uma parceria estratégica para o futuro

A inteligência artificial (IA) está transformando diversos setores da economia, e com os escritórios contábeis…

12 horas ago

Dia Mundial do Câncer: campanha estimula prevenção e INSS tem benefícios garantidos

Nesta terça-feira, dia 04 de fevereiro, é uma data dedicada ao Dia Mundial do Câncer.…

13 horas ago

Seu Escritório Contábil Está Pronto para o Deepseek?

A integração de inteligência artificial (IA) avançada, como o Deepseek, está transformando a contabilidade em uma…

13 horas ago