Sabemos que o mercado de entretenimento ainda peca quando o assunto é representatividade.
Programas de televisão, séries, novelas e filmes possuem em seu quadro de funcionários uma quantidade esmagadora de diretoras, roteiristas, apresentadoras, atrizes e tantas outras profissionais brancas.
Durante muitos anos, a presença de profissionais negras na TV ou no cinema, na maior parte das vezes, estava diretamente ligada a personagens e aparições que reforçam estereótipos racistas.
Com o passar do tempo, o mercado foi se enegrecendo com profissionais das mais diversas áreas, comandando e ocupando espaços em cargos que, muitas vezes, eram dominados por homens, tendo mais voz e vez para representar tudo aquilo que são de forma legítima.
Hoje, embora na frente das câmeras (na dramaturgia e publicidade) essa mudança seja mais aparente, nos bastidores, o cenário ainda é bastante desafiador para as mulheres negras.
Mas nada que intimide a leva de excelentes profissionais desta lista, que têm mostrado a potência da mulher negra no audiovisual também atrás das câmeras. Confira:
Kenya Sade, 26 anos, é jornalista e estagiou por mais de dois anos na TV Cultura, onde se apaixonou pelo jornalismo televisivo.
Em 2018 fez um intercâmbio para Irlanda e deu início ao projeto autoral Pretas Pelo Globo, uma plataforma colaborativa que celebra e traz visibilidade às conquistas de mulheres negras espalhadas pelo mundo.
A jovem comanda toda a grade de programação da Trace Brasil, que dedica 24 horas a conteúdos focados na cultura afrourbana.
O cenário da dramaturgia brasileira também apresenta mudanças.
Thais Pontes e Renata Andrade são as duas roteiristas da próxima série de humor da Globo, “Encantado’s”.
Mulheres negras e de origem periférica do Rio de Janeiro, ambas vêm crescendo na emissora e esse será o primeiro projeto solo assinado pelas duas.
Diretora e roteirista da série brasileira Afronta!, da Netflix, Juliana Vicente já foi premiada no Festival de Cannes pela coprodução de A Terra e a Sombra.
Ela é uma das poucas mulheres que ocupam esse espaço e vem ganhando cada vez mais destaque com o seu trabalho.
Sabrina Fidalgo, multipremiada diretora e roteirista carioca, estudou cinema na Escola de TV e Cinema de Munique (Alemanha) e na Universidade de Córdoba (Espanha).
Seus filmes já foram exibidos em mais de 300 festivais no mundo.
Em 2018 foi eleita pela publicação americana BUSTLE a oitava cineasta mais promissora do mundo, numa lista com 36 diretoras internacionais.
Nas telonas, a representatividade ínfima também berra.
Pesquisa de diversidade de gênero e raça divulgada pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), em 2018, mostrou que homens brancos são a maioria entre os diretores (75,4%), produtores (59,9%) e também nos elencos.
As mulheres negras ficam de fora de diversas categorias.
Na lista aparecem apenas como produtoras-executivas, entre 1% e 3% de ocupação.
Está mais do que na hora de dar visibilidade a todas as profissionais negras do audiovisual e do entretenimento brasileiro.
Talentos, não faltam. O que faltam são oportunidades.
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