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Cafeicultura: Conheça as categorias de certificação do café

por Gabriel Dau
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A crescente demanda, particularmente em países desenvolvidos, por produtos saudáveis e corretos sob o aspecto social, possibilita a incorporação de novos atributos de qualidade.

O segmento de cafés especiais, por exemplo, representa atualmente cerca de 12% do mercado internacional.

Os atributos de qualidade incluem características físicas, como origem, variedade, cor e tamanho, além de fatores como, por exemplo, as condições da mão de obra que produz o café.

Nos cafés certificados como orgânico e fair trade, que além de atributos físicos, como aroma e sabor, também incorporam preocupações de ordem ambiental e social, o problema de mensuração das informações pelo consumidor é mais complexo.

Também conhecidos como “cafés conscientes”, esses segmentos estão ampliando sua parcela no mercado de cafés especiais, devido ao aumento da preocupação com os padrões de consumo, o que tem estimulado as preferências por bens produzidos de forma sustentável.

O consumidor, contudo, não consegue distinguir, mesmo após saborear a bebida, se ela possui os atributos por ele desejados.

Nesses casos, o fortalecimento da confiança no organismo certificador estimula a comprovação dos atributos contidos no selo impresso na embalagem.

Assim, é necessário criar relações de confiança que só se estabelecem no longo prazo.

Além disso, é preciso rastrear todo o caminho do produto ao longo do sistema produtivo, para reduzir perdas de informação durante o processo.

Categorias de certificação

Café gourmet: 

Está relacionado a grãos de café arábica de alta qualidade.

É um produto diferenciado, quase livre de defeitos.

A produção de café gourmet tem sido incentivada pela Organização Internacional do Café (OIC).

Café de origem certificada: 

Relaciona-se às regiões de origem dos plantios, uma vez que alguns dos atributos de qualidade do produto são inerentes à região onde a planta é cultivada.

O monitoramento da produção é necessário para a rotulagem.

Café orgânico: 

É desenvolvido sob as regras da produção orgânica.

Isso significa que o café deve ser cultivado com fertilizantes orgânicos e o controle de pragas e doenças deve ser feito por meio de controle biológico.

Para ser rotulado como orgânico, tanto a produção como o processamento precisam ser monitorados por uma agência certificadora credenciada.

Café fair trade: 

É aquele consumido em países desenvolvidos por consumidores preocupados com as condições sociais e ambientais sob as quais o café é cultivado.

Observa-se uma disposição para pagar mais pelo café produzido por pequenos agricultores e/ou sistemas de produção sombreados.

O processamento também é monitorado, para garantir a presença dos atributos de qualidade desejados.

A certificação, apesar dos custos a ela associados, permite que pequenos agricultores se incorporem com maior facilidade ao mercado de cafés diferenciados.

Particularmente, no caso dos cafés orgânicos e fair trade, quando certificados, atraem empresas interessadas em atender aos consumidores mais exigentes.

Fonte: Agência Sebrae

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