Para responder essas e outras dúvidas, preparamos uma série de artigos sobre o assunto!
O lucro de um banco e de qualquer instituição financeira vem dos empréstimos e financiamentos que fazem para os seus clientes. Mas para que esse empréstimo ou financiamento seja concedido, a instituição realiza uma análise de crédito, para avaliar o risco desse dinheiro emprestado não retornar para ela. E quanto maior esse risco, maiores serão os juros a serem cobrados.
Alguns documentos que podem ser solicitados pela instituição bancária para realizar essa análise são: Declaração de Imposto de Renda, se pessoa física, e contrato social da empresa, CNPJ, plano de negócios, documentos de fluxo de caixa e certidão negativa de débitos, se pessoa jurídica. O seu contador pode te ajudar fornecendo todos os documentos referentes à contabilidade da sua empresa. Também é fundamental que você não tenha quaisquer restrições em órgãos como SPC, SERASA e CADIM.
Portanto, a principal diferença entre financiamento e empréstimo está no valor que o banco vai cobrar. No empréstimo, normalmente esse valor é mais alto, uma vez que o banco não tem muitas garantias de que vai reaver o dinheiro. Além disso, o tomador do empréstimo tem liberdade de fazer o que quiser com a quantia recebida.
Já no financiamento, o banco financia a compra de um bem, que pode ser móvel,como um carro, equipamentos, máquinas etc, ou imóvel, como uma casa ou terreno. E esse bem é dado como garantia até a quitação da dívida.
Em outras palavras, no empréstimo o banco dá o dinheiro ao tomador e os juros são, geralmente, maiores. E no financiamento, ao invés de dar o dinheiro, o banco financia a compra de um bem e fica com direito de posse desse bem caso o tomador, seja pessoa física ou jurídica, não pagar. Nesse caso, o banco pega o bem de volta e o leva a leilão. Se o valor da venda for maior do que o saldo devedor, o banco quita o financiamento e devolve a diferença para o tomador. Se for menor, esse valor é abatido do saldo devedor e o banco mantém a restrição até a liquidação total da dívida.
Para ser uma boa opção para o seu negócio, o valor das parcelas não deve ultrapassar 25% do lucro líquido pretendido. Por isso, é fundamental fazer um planejamento financeiro desde o início, para que você possa avaliar qual é o percentual de ganho esperado para os primeiros 8 meses. Essa avaliação é fundamental para que a sua empresa não vá à falência.
Mas antes de recorrer a empréstimos, analise outras possibilidades, como começar um negócio pequeno e ir expandido aos poucos, juntar dinheiro, buscar sócios ou parceiros etc. O empréstimo é válido somente quando você avaliar que o seu negócio é rentável em curto prazo, para que você consiga honrar o pagamento dessa dívida.
Se você está começando o seu primeiro negócio e precisa de recursos financeiros, pedir empréstimo a bancos deve ser a última opção, para que você não inicie o seu empreendimento devendo e pagando juros.
De qualquer forma, é importante conhecer as modalidades de empréstimos existentes, para que você possa escolher a mais adequada ao seu negócio, quando houver real necessidade.
O cheque especial não tem nada a ver com aquela folha de cheque que conhecemos. É um crédito que o banco deixa pré-aprovado na sua conta concorrente, um valor a mais do que você realmente tem e que já está disponível para quando zerar o dinheiro na conta. Para usá-lo, basta fazer o saque ou realizar compras no débito em alguma loja. A expressão bastante utilizada “entrei no cheque especial” quer dizer, então, que você usou mais dinheiro do que possuía e, assim, ficou com saldo negativo.
Justamente porque é fácil pegar, não havendo a necessidade de análise de crédito, o cheque especial tem uma das maiores taxas de juros entre os empréstimos (em média, 13,53% ao mês, atualmente), já que não há garantia nenhuma para o banco de que o tomador devolverá esse dinheiro.
Por isso, a pessoa física ou jurídica só deve usá-lo em caso de emergência e pagá-lo o quanto antes, de preferência em poucos dias. O valor a ser pago estará visível no extrato e consiste no que você pegou emprestado + IOF (0,38% ao mês) + juros.
Para pagá-lo, basta depositar o dinheiro na conta corrente. Automaticamente, o limite será quitado e estará disponível outra vez, caso você precise utilizá-lo novamente.
O valor do limite do cheque especial é diferente para cada correntista e é estipulado de acordo com as informações cadastrais e a movimentação financeira do cliente. Para descobri-lo, basta consultar o seu extrato. Se você quiser cancelar esse serviço ou aumentar o limite, é necessário entrar em contato com o atendimento do seu banco.
Como falamos antes, o cheque especial só deve ser usado em caso de emergência. Porém, cuidado: se você não tem um planejamento financeiro, sempre haverá urgências.
O crédito pessoal é uma modalidade relativamente acessível. Também conhecido como empréstimo pessoal, a sua contratação é simples e rápida e o valor é enviado para a conta corrente ou entregue ao cliente através de um cheque nominal a ele.
O pagamento desse empréstimo é feito em parcelas através de débito automático, boleto bancário ou cheque pré-datado. Mas saiba que o percentual de juros também é alto (em média, 6,5% ao mês). Afinal, como já explicamos, quanto maior a facilidade na obtenção de um empréstimo, maiores são as taxas cobradas pela instituição financeira, assim como ocorre com o cheque especial.
Muitas pessoas vivem precisando de crédito pessoal por não se planejarem financeiramente. Se você é um empreendedor e está montando o seu primeiro negócio, tenha muito cuidado com isso. Se já é importante ter disciplina com a sua vida financeira pessoal, imagine com a da sua empresa!
Capital de Giro é a quantia de dinheiro em caixa que movimenta todas as demandas básicas de uma empresa, mantendo-a em funcionamento. Ou seja, é o ativo circulante utilizado para pagar contas mensais como luz, água e telefone, salário dos colaboradores, impostos, compra de matérias primas etc.
Diversas instituições financeiras oferecem o empréstimo de capital de giro para ajudar as empresas em situação de crise econômica a reorganizarem o fluxo de caixa e financiarem as suas operações diárias. Diferente do cheque especial, o empréstimo para capital de giro é restrito a pessoas jurídicas e tem uma taxa de juros menor, que atualmente varia entre 1,40% a 3,39% ao mês, a depender do banco e da quantidade de parcelas acordada. Geralmente as condições são mais favoráveis no próprio banco em que a empresa possui conta.
Em agosto de 2016, o governo federal anunciou a abertura de linhas de crédito para capital de giro de micro e pequenas empresas e Microempreendedores Individuais (MEI), com taxas de juros até 30% menores do que as oferecidas no mercado. Esse crédito pode ser solicitado ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal (CEF), ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao Santander, ao Itaú e ao Bradesco. São considerados micro e pequenas empresas os negócios que têm receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões.
Essa é uma das melhores opções de financiamento de uma empresa, devido as suas taxas de juros serem bastante reduzidas (atualmente, 1,12% ao mês. A partir de agosto, passará para 1,35% ao mês).
Similar a um cartão de crédito, o cartão BNDES visa financiar os investimentos do MEI e das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), oferecendo crédito pré-aprovado de até R$ 2 milhões e permitindo o pagamento em até 48 meses, em prestações fixas e iguais. É emitido por instituições financeiras credenciadas pelo BNDES, como Banco do Brasil, Bradesco, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, dentre outras.
É importante saber que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal, vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e tem como objetivo apoiar empreendimentos ligados aos setores da economia, social, regional e ambiental.
Esse cartão somente pode ser utilizado para a aquisição de determinados bens estipulados pelo Banco, como computadores, softwares, móveis comerciais, materiais para construção civil, insumos para fabricação de móveis e produtos dos setores têxtil, cursos de qualificação profissional etc. As compras desses bens só podem ser realizadas pelo site do Cartão BNDES.
Para conhecer melhor esse modalidade de empréstimo e saber quais são os documentos necessários para solicitá-lo, acesse o site do Cartão BNDES.
Mais do que uma política de financiamento, o microcrédito se caracteriza como uma política de combate à pobreza. Foi criado na década de 1970 por Muhammad Yunus, economista e banqueiro natural de Bangladesh, com o intuito de estimular o empreendedorismo em populações muito pobres, sem acesso à créditos em banco. A idealização do microcrédito rendeu à Yunus o prêmio Nobel da paz, em 2006.
No Brasil, o microcrédito é um programa social de empréstimo impulsionado pelo governo federal, através do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO). Destina-se a pequenos empreendedores, formais ou informais, pessoa física ou jurídicas, que não têm como oferecer garantias reais a um banco e/ou possuem um faturamento anual muito pequeno (de até R$ 120 mil), motivo pelo qual encontram dificuldades em obter créditos em instituições financeiras.
Artesãos, vendedores, cabeleireiros, eletricistas, chaveiros, faxineiras são alguns exemplos de profissionais que podem acessar o microcrédito. Mas é necessário não possuir restrições em órgãos de proteção de crédito, como SPC, SERASA e CADIN.
Por ser uma modalidade de empréstimo com foco no social, as taxas de juros cobradas são muito inferiores às linhas de crédito tradicionais do mercado. Dependendo do banco e da renda do tomador, as taxas variam entre 2% e 4% ao mês. A quantia de dinheiro liberada também é baixa, mas pode ajudar o empreendedor a desenvolver o seu negócio e a aumentar a renda.
Diferente do que acontece no sistema financeiro tradicional, onde o interessado em tomar o empréstimo vai até o banco, nas instituições de microcrédito são os Agentes de Crédito que vão até o local onde o microempreendedor trabalha. Essa visita tem como objetivo avaliar as necessidades e as condições do empreendimento, o valor do financiamento necessário, a capacidade de pagamento do tomador de crédito, bem como acompanhar os resultados e a evolução do negócio.
Para solicitar o microcrédito, não é exigido comprovante de renda, mas é necessário apresentar alguma outra garantia, como um imóvel, ter um fiador, ou ainda um Grupo Solidário, formado por dois a cinco participantes da comunidade que possam assumir o pagamento desse empréstimo.
Para ter acesso ao microcrédito, é preciso entrar em contato com as instituições operadoras dessa modalidade na sua cidade, como o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal e Santander.
Para obter mais informações sobre o assunto, acesse o Portal de Amparo ao trabalhador e leia também a publicação Introdução ao Microcrédito, produzida pele Conselho da Comunidade Solidária.
Antes de tomar qualquer decisão, analise qual é o melhor tipo de empréstimo para o seu negócio e as melhores taxas de juros.
Além das formas de empréstimos que elencamos acima, há outras modalidades alternativas para obtenção de dinheiro para uma empresa, como financiamentos, editais e investidores anjo. É sobre esse assunto que falaremos nos próximos artigos. Fique ligado!
Mas saiba que mais do que obter uma ajuda financeira para a sua empresa crescer, é fundamental que, além de empreendedor, você também seja empresário. Ou seja, é preciso se estruturar, se planejar, projetar gastos e lucros de todo o empreendimento, assim como analisar todas as fontes de captação financeira possíveis para o seu negócio. E nesse sentido, um contador pode te ajudar bastante.
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