Pensar no futuro deve fazer parte da vida de cada brasileiro. Parar de trabalhar é parte dessa preocupação, especialmente quando a renda mensal pode ser afetada. Para o trabalhador, a questão da sustento e de uma aposentadoria que garanta dignidade humana é uma prioridade.
A tendência da maior parte dos brasileiros é confiar na previdência pública, administrada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas com as opções que o mercado financeiro oferece, tem sido viável usar parte do salário em estratégias de médio e longo prazo, para fins de formação da aposentadoria.
Com o processo de desbancarização, no qual os bancos têm deixado de ser personagens centrais no universo dos investimentos, e a desvalorização da caderneta de Poupança, cada vez mais trabalhadores têm procurado alternativas mais vantajosas.
A questão da previdência
A previdência pública já não parece mais tão interessante quanto há alguns anos. Após a aprovação da reforma da Previdência, depender apenas dela exige mais tempo de contribuição, o que acaba sendo a pior possibilidade quando se considera as alternativas de rendimento que o mercado apresenta.
A previdência privada aparece como uma solução possível, tanto como complemento para o INSS quanto como via única de investimento. Essa é a aposta de muitos trabalhadores quando começam a pensar em outras formas para juntar dinheiro no longo prazo. Entretanto, o investidor mais atento pode recorrer a diferentes tipos de ativos para ter um resultado ainda melhor e em menos tempo.
Como pensar na aposentadoria
Quando se pensa em aposentadoria, não necessariamente é preciso considerar somente o longo prazo. Mesmo quem pretende se aposentar dentro de dois ou cinco anos pode adotar soluções para investir e resgatar um montante considerável no fim do período. O mais adequado é pensar nas possibilidades de investimento que trazem resultado no médio ou longo prazo, dependendo das características de cada investidor.
Evidentemente, quanto mais tempo a pessoa tem, maior tende a ser a rentabilidade de sua aplicação. Com os juros compostos, tempo é um fator determinante. Assim, um jovem que começa a aplicar com 18 anos pode se planejar para se aposentar aos 48 sem maiores problemas, desde que reserve um valor mensal para sua aposentadoria, aplique em um ativo com boa rentabilidade e tenha consistência.
Renda fixa
Em termos gerais, é difícil pensar na renda fixa como um ativo de alta rentabilidade, como acontece na renda variável, entretanto, isso não a torna ruim para fins de aposentadoria.
O problema da renda fixa é que sua rentabilidade está atrelada a índices que evoluem de acordo com a taxa básica de juros. Assim, em um momento em que a tendência da taxa Selic é ocupar patamares baixos, logo, a rentabilidade não deve ser muito elevada.
Ainda assim é preciso pensar na renda fixa como um investimento mais seguro. Opções como o Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo, são interessantes por renderem mais do que a Poupança e contarem com a proteção de agentes como o governo e o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), além do fato de permitirem que o investidor escolha a forma como se dará a sua rentabilidade.
No caso do Tesouro, por exemplo, é possível escolher o Tesouro IPCA+, no qual a rentabilidade é sempre superior ao índice que mede a inflação no período, de maneira a garantir o poder de compra do dinheiro no longo prazo.
Renda variável
Também é possível recorrer à renda variável na formação da aposentadoria. A questão é entender que em renda variável, como não existe um índice ao qual a rentabilidade é atrelada, os resultados não podem ser controlados, o que representa um risco maior em termos gerais.
Ainda assim, é possível investir com critérios e gerar resultados com certa tranquilidade. O mercado mostra que quem sabe investir em ativos como ações, por exemplo, consegue se tornar parceiro de companhias protagonistas no mercado em que atuam, de modo a fazer seu dinheiro render muito acima das possibilidades da renda fixa.
Para o investidor, o segredo está no entendimento do mercado e das ferramentas que ajudam a tomar decisões. É o caso das análises técnica e fundamentalista, bem como de soluções como os simuladores de investimentos e as carteiras recomendadas de ações.
Investir pensando na aposentadoria depende do tempo que o investidor tem para acumular seu montante, dos recursos que pode aplicar, mas, fundamentalmente, dos ativos escolhidos. É possível concentrar-se mais em segurança ou em rentabilidade, dependendo dos interesses e da tolerância ao risco.
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