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Copom reduziu juros básicos da economia. Confira!

Copom reduziu juros básicos da economia. Confira!

14/12/2023 às 09h55 Atualizada em 14/12/2023 às 12h55
Por: Leonardo Grandchamp
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Imagem: freepik
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Os movimentos nos preços conduziram o Banco Central (BC) a efetuar o quarto corte consecutivo na taxa de juros. Unanimemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, que é a taxa básica da economia, em 0,5 ponto percentual, fixando-a em 11,75% ao ano. A decisão estava em consonância com as expectativas dos analistas financeiros.

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Em comunicado, o Copom esclareceu que planeja continuar implementando novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, embora não tenha fornecido detalhes sobre quando cessará a redução da taxa Selic. Conforme indicado pelo BC, esse momento dependerá do comportamento da inflação ao longo do primeiro semestre de 2024.

Leia também: Mercado Aumenta Projeção De Expansão Da Economia Em 2023

"Em se confirmando o cenário esperado, os membros do comitê, unanimemente, preveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O comitê enfatiza que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária", destacou o Copom.

A taxa agora alcança o menor nível desde maio do ano anterior, quando também estava em 11,75% ao ano. Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom elevou a Selic em 12 incrementos consecutivos, durante um ciclo de aperto monetário iniciado em meio à elevação dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um período de um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa permaneceu inalterada em 13,75% ao ano por sete reuniões consecutivas.

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Antes do início do ciclo de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, atingindo o nível mais baixo desde o início da série histórica em 1986. Motivado pela contração econômica decorrente da pandemia de covid-19, o Banco Central reduziu a taxa para estimular a produção e o consumo, mantendo-a no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação

A taxa Selic representa o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em novembro, esse indicador registrou um aumento de 0,28%, acumulando uma variação de 4,68% nos últimos 12 meses. Após uma sequência de reduções no final do primeiro semestre, a inflação retomou a trajetória de alta na segunda metade do ano, um movimento, no entanto, previsto pelos economistas.

No ano anterior, o IPCA encerrou acima do limite máximo da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Dessa forma, o IPCA não poderia ultrapassar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano.

No Relatório de Inflação, divulgado no final de setembro pelo Banco Central, a instituição manteve a projeção de que o IPCA encerraria 2023 em 5% no cenário base. Contudo, essa estimativa pode ser revisada para baixo na próxima versão do relatório, que será divulgada no final de dezembro.

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As previsões do mercado são mais otimistas em comparação com as projeções oficiais. Conforme indicado pelo boletim Focus, uma pesquisa semanal realizada com instituições financeiras e divulgada pelo Banco Central, a expectativa é que a inflação oficial encerre o ano em 4,51%, abaixo, portanto, do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,59%.

Crédito mais barato

A diminuição da taxa Selic desempenha um papel crucial no estímulo à economia. Isso se dá pelo fato de que juros mais baixos tornam o crédito mais acessível, fomentando a produção e o consumo. No entanto, é importante notar que taxas mais baixas podem complicar o controle da inflação. No mais recente Relatório de Inflação, o Banco Central ajustou sua projeção de crescimento para a economia em 2023, elevando-a para 2,9%.

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Essa expectativa de crescimento é corroborada pelo mercado, especialmente após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas, apresentou um aumento de 0,1% no terceiro trimestre, surpreendendo as expectativas de uma possível queda. De acordo com a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem uma expansão de 2,92% do PIB em 2023.

A taxa básica de juros desempenha um papel fundamental nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros na economia. Ao aumentá-la, o Banco Central busca conter o excesso de demanda que pressiona os preços, uma vez que juros mais elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Por outro lado, ao reduzir os juros básicos, o Comitê de Política Monetária (Copom) busca tornar o crédito mais acessível, incentivando a produção e o consumo. Entretanto, essa medida enfraquece o controle da inflação. Para efetuar cortes na Selic, a autoridade monetária precisa ter a certeza de que os preços estão sob controle e não apresentam risco de elevação.

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