O Sport Club Corinthians Paulista, popularmente conhecido como Timão, enfrenta uma nova ação judicial, desta vez movida pelo Banco Bradesco. A instituição financeira requereu à Justiça a sua inclusão no Regime de Centralização de Execuções (RCE), uma vez que o clube não o incluiu em sua lista de credores.
Na petição apresentada, o Bradesco argumenta ser parte interessada no processo devido a débitos pendentes com o Corinthians. O banco busca acesso ao caso e deseja monitorar as decisões judiciais, além de ter a possibilidade de realizar solicitações conforme necessário. A exclusão do Bradesco da relação de credores apresentada pelo clube tem causado estranhamento, considerando que na lista constam diversas dívidas com outras empresas e pessoas físicas.
Dívida de quase R$ 400 milhões
A administração do Corinthians está atualmente concentrando esforços para consolidar suas obrigações financeiras, que totalizam cerca de R$ 379,9 milhões. Em seu balanço financeiro referente ao ano de 2023, o clube já indicava a existência de dívidas relacionadas a empréstimos e financiamentos junto a diferentes instituições bancárias, incluindo o Bradesco, que supostamente detinha um crédito em torno de R$ 3 milhões. É provável que esse valor tenha crescido desde então.
Até o momento, o Corinthians não se pronunciou oficialmente sobre esta questão. O Regime Centralizado de Execuções é uma alternativa que possibilita a organização do pagamento das dívidas do clube, demonstrando seu compromisso em manter transparência e seriedade nas operações financeiras.
O objetivo desse regime é estruturar o fluxo e a ordem dos pagamentos aos credores do Timão. A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) já acatou o pedido apresentado pelo Bradesco.