Com a utilização do PIX se aproximando, as preocupações acerca da viabilidade e segurança das chaves de segurança cadastradas começar a aparecer.
Segundo informações do Banco Central, até a última sexta-feira, 16, cerca de 40 milhões de chaves já haviam sido registradas por todo o Brasil.
Para o especialista em segurança da Kaspersky no Brasil, Fabio Assolini, ainda que o cliente do banco possa escolher entre a chave que entender ser mais funcional para o uso pessoal, o número do Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF) ainda é considerado a alternativa mais confiável.
“O dado mais seguro é o CPF porque ele não vai mudar, por isso é considerado a chave mais valiosa.
E-mails e celular você pode perder o controle no caso de um ataque cibernético”, disse o especialista em entrevista à CNN.
Na oportunidade, Fabio Assolini destacou que, mesmo que as chaves sejam utilizadas para intermediar transações em dinheiro, muitos golpistas da atualidade ainda roubam dados pessoais e bancários no intuito de aplicar fraudes mais vantajosas no futuro, neste caso, não muito distante, considerando que o PIX poderá ser usado a partir do dia 16 de novembro.
“As chaves problemáticas são o e-mail e o número de telefone, porque sabemos que existem golpes aos quais os fraudadores conseguem desativar o número do celular e ativá-lo em outro chip e isso é preocupante”, alertou.
Sendo assim, para que as fraudes possam ser evitadas, o especialista em segurança recomenda que os usuários das chaves PIX realizem todos os cadastramentos propostos, mesmo que não haja o interesse de utilizá-los imediatamente.
![Aplicativo PIX](https://www.jornalcontabil.com.br/wp-content/uploads/2020/02/pix.jpg)
“Do ponto de vista de segurança, estamos orientando para fazer o cadastro das chaves.
Primeiro, para descobrir se alguma instituição financeira fez o cadastro sem sua aprovação e, segundo, para impedir que os fraudadores possam cadastrar a chave sem seu conhecimento”.
Registro não autorizado
Uma série de relatos sobre o cadastro indevido de chaves de segurança vieram à tona nas última semana, isso porque, muitas instituições realizaram os registros sem a autorização prévia ou solicitação dos usuários.
Neste sentido, o Banco Central realizou um comunicado na última quinta-feira, 15, que deu entrada em processos formais para a fiscalização das circunstâncias relatadas e, irá penalizar os possíveis infratores do mais novo sistema de pagamentos instantâneos do Brasil.
“O Banco Central informa que monitora e supervisiona continuamente o processo de cadastramento de chaves PIX, já tendo iniciado processos formais de fiscalização de participantes.
(…)
Caso detecte irregularidades nesses processos, incluindo eventuais cadastramentos indevidos, o Banco Central punirá os infratores nos termos de regulação vigente”, informou o BC em nota.
Por Laura Alvarenga