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Cultura organizacional: Como as empresas estão fazendo para lidar com as novas gerações

Hoje em dia, um dos desafios para muitas empresas é saber lidar com a nova geração, que enxerga o mercado de trabalho de forma diferente e está muito mais ligada nas questões tecnológicas ou nas relações humanas. Para entender esses profissionais e potencializar os seus talentos, as empresas precisam investir esforços em uma Cultura Organizacional atraente, que abrace os colaboradores.

Mas será que os esforços para manter um ambiente agradável são suficientes para manter os colaboradores engajados? Todas as empresas precisam se adaptar a um modelo de startup? Essas perguntas sempre surgem quando uma empresa está disposta a melhorar seus processos internos, após analisar o cenário que a nova geração constrói a cada dia. Quando se busca por melhorias na empresa, os resultados que mais se destacam são cultura organizacional e o impacto da nova geração. Baseando-se nisso, fica difícil saber o porque demorou tanto para que fossem colocadas em prática.

Pensar no desenvolvimento e na manutenção do colaborador é garantir o Clima Organizacional saudável para a empresa. Discutir a Cultura Organizacional é tão ou mais importante do que metas batidas, afinal, se não há um engajamento da equipe, o resultado não sai como o previsto. Os tempos mudaram e inovar também é investir nos valores da empresa e, principalmente, dos colaboradores.

Atualmente, encontramos uma realidade bem diferente. Antes as empresas tinham apenas o trabalho de divulgar uma vaga e rapidamente o processo era encerrado. Agora, ela precisa conquistar o colaborador e, para que isso aconteça, é imprescindível que a Cultura seja executada.

Os millennials (pessoas que nasceram entre 1980 e 2000) e seus sucessores (a geração Z) já estão ou ocuparão os cargos de liderança. Eles têm o perfil inovador e questionador. De acordo com dados de uma pesquisa do The Center for Generational Kinetics, as novas gerações expressam desejos por um ambiente amistoso e horário flexível, e gostar do que fazer é determinante, pois o trabalho e a vida pessoal devem se complementar para garantir a felicidade.

Adotar algumas práticas, como feedback frequente, escutar todas as ideias – e, a partir disso, criar um sistema que beneficie toda a equipe -, participação nos resultados, promover rodas de discussões para entender o ponto de vista de cada colaborador, oferecer oportunidades de crescimento profissional e comemorar vitórias, mesmo que mínimas de cada um, podem transformar o lugar em um berço de criatividade, já que todos estarão engajados com a cultura e dispostos a entregar sempre o melhor.

Apesar de as pesquisas apontarem para a importância da Cultura Organizacional, muitas empresas não a adotam por medo de se arriscar e sair da zona de conforto. Grande parte do fracasso de ter somente um esboço no papel e não colocar em prática vem desse comportamento e da exclusão de gerações.

É comum encontrar pessoas que não trabalham com jovens por criarem um preconceito referente à idade e associarem isso com sua capacidade de entrega. Um erro que precisa ser analisado para que, futuramente, a empresa não perca talentos.

A solução nem sempre acontece do dia para a noite, mas a mudança precisa ser praticada diariamente. Para unir todas as gerações em um só ambiente, é preciso oferecer oportunidades iguais, buscando a interação dos grupos nas atividades diárias, por meio de dinâmicas de conhecimento pessoal e profissional, tendo em mente que os fatores criativo e produtivo não dependem da idade e, sim, do empenho de quem executa a tarefa.

*Por Shirley de Melo Silva, Head de Cultura e Pessoas e Presidente do Comitê de Cultura na Atlas Governance, plataforma de governança corporativa.

Leonardo Grandchamp

Supervisor de Redação do Jornal Contábil e responsável pelo Portal Dia Rural.

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