Dahmer: Netflix remove categoria da série após reclamações dos assinantes

“Dahmer: Um Canibal Americano” é com certeza um dos grandes sucessos atuais da Netflix. A série agradou em cheio ao público mas também criou uma polêmica. Isso porque o serviço de streaming tinha classificado a trama como Drama LGBTQ+. Mesma classificação usada para séries como “Heartstopper” e “Sex Education”.

A classificação foi contestada por boa parte do público que não aceitou de “Dahmer” estar presente na mesma categoria que essas outras séries. As reclamações foram tantas, que acabou forçando a Netflix a remover a produção da categoria.

De acordo com informações do LA Times, a série acabou sendo removida da categoria após a manifestação dos assinantes. “Essa não é a representação que estamos procurando” ou “Nah, a Netflix está errada em colocar Dahmer em LGBTQ”. A trama agora está sendo classificada como Série Policial e Série Dramática sobre Questões Sociais.

Dahmer era gay, assim como muitas de suas vítimas, e a cobertura do seu caso pela mídia foi marcada por discursos homofóbicos. O que também acabou causando novas críticas a Netflix por ter removido a série da categoria, já que o discurso de que “apenas a boa representatividade LGBTQIA+ é necessária” também é problemático e danoso para a população queer.

A série da Netflix conta a história do serial killer canibal Jeffrey Dahmer de uma forma não linear, misturando fatos da sua adolescência com cenas de alguns assassinatos praticados por ele. 

Elenco e direção

“Dahmer” é dirigido por Ryan Murphy (American Horror Story) e tem no elenco Evan Peters (X-Men: Apocalipse) que interpreta Jeffrey Dahmer. Bruce Davison (Lionel Dahmer), Artel Kayàru (Rodney), Matt Newton (Lance Bell), Dion Basco (Khamtay), Kate Williamson (Grandma), Christian Payano (Letitia), Tom’ya Bowden (Shawna) e Sean Blakemore que interpreta Corliss.

A história real

Jeffrey Lionel Dahmer foi um serial killer americano. Dahmer assassinou 17 homens e garotos, entre 1978 e 1991, sendo a maioria dos assassinatos ocorridos entre os anos de 1989 e 1991. Seus crimes eram particularmente hediondos, envolvendo estupro, necrofilia e canibalismo.

Ele tinha sido diagnosticado como portador de transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade esquizotípica e transtorno psicótico. Mesmo assim, ele foi considerado legalmente são em seu julgamento. Sendo condenado por 15 dos 16 assassinatos que cometeu no estado norte-americano de Wisconsin, sendo sentenciado a quinze penas de prisão perpétua em 15 de fevereiro de 1992.

Em seguida, Dahmer foi sentenciado a uma 16ª pena de prisão perpétua, desta vez pelo homicídio de Steven Mark Hicks, ocorrido em 1978, no estado norte-americano de Ohio.

Dahmer morreu ao ser espancado por Christopher Scarver em 28 de novembro de 1994. Scarver também cumpria pena na Columbia Correctional Institution, uma prisão de segurança máxima no estado de Wisconsin, onde também Dahmer estava preso.