A compra de US$ 1,5 bilhão (R$ 8 bilhões) em bitcoins pela Tesla, anunciada pela Securities and Exchange Commission (SEC), a reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos, equivalente à CVM no Brasil, quase gerou mais dinheiro à montadora que a venda de seus carros elétricos em 2020, com US$ 1 bilhão de lucro, segundo o novo relatório divulgado pela companhia.
A empresa anunciou, ainda, que planeja aceitar pagamentos pelos automóveis em bitcoin.
A divulgação da atuação da Tesla impulsionou as ações das criptomoedas em mais de 12%, acima dos US$ 43 mil da primeira vez, além das próprias ações da companhia, que aumentaram 1,3%.
De acordo com a SEC, dos US$ 19,38 bilhões no caixa da Tesla ao fim de 2020, US$ 1,5 bilhão (7,8%) estava em bitcoins.
“A Tesla nem é uma ‘companhia tradicional’, mas, quando uma das maiores empresas do mundo troca dinheiro por bitcoin em seu balanço, o mercado presta atenção”, disse Paul Hickey, da casa de análises americana Bespoke Investment Group, em carta aos clientes.
Por meio das redes sociais, Elon Musk, CEO da Tesla, já havia falado sobre a criptomoeda dias antes, quando provocou alta de 20% nas ações de bitcoin.
Após a fala, a moeda saiu de US$ 32.171 para US$ 38.372.
Algumas horas depois, o valor caiu, mas, mesmo assim, fechou em alta de 5,7%.
Com as ações da Tesla, o mercado tem se movimentado para traçar análises e tendências para os próximos meses nos setores.
Ainda não se sabe quanto em criptomoedas foi comprado ou a que preço pela companhia; no entanto, especialistas veem como um “tutorial” a outras companhias na aquisição de bitcoins e demonstração de resultados.
Isso porque, ao divulgar o balanço, a montadora declarou que irá detalhar os efeitos, sejam positivos ou negativos, apenas quando comprarem moedas fiduciárias, e não de acordo com a cotação atual.
Assim, eles manterão o valor de compra declarado em suas contas.
“O movimento de empresas de capital aberto expondo seus caixas a criptomoedas vai aumentar nos próximos meses. Os instrumentos para isso vêm sendo construídos desde 2018 pelo regulador americano, em pontos como custódia e segurança. É um movimento sem volta, e vai chegar ao Brasil, provavelmente, com as empresas de tecnologia recém-chegadas à Bolsa. Mas virá com atraso, pois a regulação aqui precisa andar mais”, afirma Daniel Coquieri, fundador da BitcoinTrade, em entrevista ao “Valor”.
Por outro lado, há o questionamento sobre a efetividade e praticidade dos pagamentos de carros com criptomoedas, já que parte da população não teve contato com a moeda e, mesmo os que costumam comprá-la, provavelmente escolherão outro método.
Vale lembrar que, por conta dos valores praticados pela Tesla, a possibilidade dos compradores terem acesso aos criptoativos é maior.
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