A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, que foi detida em 4 de setembro do ano passado no Recife, compartilhou detalhes sobre sua experiência durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais na última sexta-feira (10). O pronunciamento ocorreu após a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, decidir arquivar a parte do inquérito da Operação Integration que envolvia o cantor e empresário Gusttavo Lima.
Na transmissão, Deolane Bezerra abordou as circunstâncias que cercaram sua prisão, que faz parte de uma investigação sobre uma suposta organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro e à promoção de jogos ilegais. A advogada se defendeu das acusações, apresentando documentos que comprovariam sua legalidade em relação a pagamentos e impostos.
“Meu processo ainda não foi arquivado. Estou nessa luta. Confio no Judiciário e em Deus, pois ele nunca me abandonou. Passei por momentos difíceis, especialmente quando percebi que não poderia estar perto da minha mãe”, afirmou Deolane, referindo-se ao impacto emocional da prisão.
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Um dos pontos centrais de sua defesa foi a aquisição de um veículo Lamborghini Urus, cujo pagamento, segundo ela, foi realizado em quatro parcelas e não em dinheiro vivo. Durante a live, Deolane reiterou: “Como posso ser acusada de adquirir um carro de R$ 3 milhões se declarei R$ 33 milhões apenas em uma das minhas empresas?”
Deolane também revelou que recebeu uma notificação sobre a operação algumas horas antes de sua prisão. “Fui informada por volta da meia-noite que haveria uma operação e que eu deveria me esconder. Às 4h da manhã, invadiram minha casa e me prenderam na frente da minha filha”, recordou.
A influenciadora expressou sua perplexidade em relação à exclusividade de sua prisão no contexto da operação: “Toda vez que vejo notícias sobre isso, sou apenas eu sendo mencionada. O que está acontecendo?” Ela citou também o bloqueio de suas contas bancárias como um fator que prejudicou suas atividades profissionais.
No tocante à prisão de sua mãe, Solange Bezerra, Deolane esclareceu que a detenção ocorreu devido ao envolvimento do filho dela em jogos de azar quando era menor de idade. Segundo ela, “minha mãe foi presa porque meu irmão jogava usando a conta dela; ele estava viciado em roleta”.
A advogada concluiu sua fala ressaltando as dificuldades enfrentadas após a prisão, mencionando como sua reputação foi afetada e a dificuldade em retomar a vida normal. “Minha vida mudou drasticamente; ninguém quer associar seu nome ao meu agora”, lamentou.
A Operação Integration é uma investigação ampla que resultou na emissão de 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca em várias localidades do Brasil. O caso está sendo acompanhado com atenção pela sociedade, dada a notoriedade dos envolvidos.