A execução fiscal é um processo jurídico utilizado pelo governo para cobrar dívidas de contribuintes, como impostos, taxas e outras obrigações tributárias, que estão em atraso. Esse procedimento permite que a Fazenda Pública recupere os valores devidos por pessoas físicas e jurídicas, assegurando recursos para o funcionamento dos serviços públicos. Entender como funciona a execução fiscal e como é feita a citação nesse contexto é fundamental para empresas e profissionais. Abaixo, a Pigatti – Contabilidade e Consultoria explica os principais aspectos desse processo.
O Que É Execução Fiscal?
A execução fiscal é uma medida judicial que busca a recuperação de créditos tributários (como impostos e contribuições) ou não tributários (como multas e taxas), quando o contribuinte não realiza o pagamento voluntário dentro do prazo. O procedimento é regulamentado pela Lei nº 6.830/80, conhecida como Lei de Execuções Fiscais, que estabelece as etapas e condições para que a Fazenda Pública (seja ela federal, estadual ou municipal) cobre a dívida por meio do Poder Judiciário.
Quando o pagamento não é realizado espontaneamente, a dívida é inscrita em dívida ativa, e a Fazenda Pública pode iniciar a execução fiscal para a cobrança do valor, o que inclui o principal acrescido de juros, multas e outros encargos legais.
Etapas da Execução Fiscal
Inscrição em Dívida Ativa
O processo de execução fiscal começa com a inscrição do débito em dívida ativa. Essa inscrição formaliza a dívida e é registrada em um banco de dados administrado pela Fazenda Pública. Uma vez inscrito, o débito é certificado por meio da Certidão de Dívida Ativa (CDA), que contém informações sobre o valor devido, a origem da dívida e as condições para o pagamento.
Propositura da Execução Fiscal
Após a emissão da CDA, a Fazenda Pública propõe a ação de execução fiscal na Justiça. Nessa etapa, ela apresenta a certidão como prova da dívida, dando início ao processo judicial de cobrança.
Citação do Devedor
Com a propositura da execução, o próximo passo é a citação do devedor. A citação é a comunicação formal que notifica o contribuinte sobre a existência do processo e o convoca a pagar a dívida ou a apresentar defesa. Essa é uma etapa essencial, pois assegura que o devedor tenha conhecimento da cobrança e possa exercer seu direito de defesa.
Como É Feita a Citação na Execução Fiscal?
A citação no processo de execução fiscal pode ser realizada de várias maneiras, e o objetivo é garantir que o devedor seja devidamente informado sobre o processo. Abaixo estão as formas mais comuns de citação:
Citação Pessoal
A citação pessoal ocorre quando o oficial de justiça entrega a notificação diretamente ao devedor ou ao representante legal da empresa. Essa é a forma mais tradicional e é utilizada quando há possibilidade de localizar o devedor no endereço conhecido.
Citação por Correio
Em alguns casos, especialmente quando o valor da dívida é menor, a citação pode ser realizada via correio. A notificação é enviada com aviso de recebimento (AR) para garantir que o destinatário tenha recebido o documento.
Citação por Edital
Quando o devedor não é encontrado nos endereços conhecidos, a citação pode ser feita por edital. Esse procedimento consiste na publicação do edital em veículos de comunicação, como jornais de grande circulação, ou no próprio site do tribunal. A citação por edital é utilizada como último recurso, quando não há outra forma de localizar o devedor.
Citação Eletrônica
Em casos onde o devedor está cadastrado em sistemas eletrônicos, como o processo judicial eletrônico, a citação pode ocorrer de forma digital. Essa alternativa é prática, especialmente para empresas que utilizam plataformas eletrônicas de acompanhamento processual.
O Que Acontece Após a Citação?
Após a citação, o devedor tem algumas opções para resolver a pendência:
Pagamento da Dívida: O devedor pode quitar o débito em um prazo de cinco dias após a citação, evitando que o processo se prolongue e gerando um menor acréscimo de juros e multas.
Apresentação de Garantia: Caso o devedor não consiga pagar de imediato, ele pode oferecer uma garantia ao juízo, como bens ou valores, para suspender a execução enquanto busca um acordo ou apresenta defesa.
Apresentação de Defesa (Embargos à Execução): Se o devedor identificar alguma irregularidade na cobrança, ele pode apresentar embargos à execução, contestando a validade da dívida ou a forma de cobrança.
Consequências da Não Regularização
Caso o devedor não se manifeste ou não regularize a pendência, a Fazenda Pública pode solicitar medidas de penhora sobre os bens, o que inclui bloqueio de contas bancárias e de bens imóveis, além de outras medidas que visam garantir o pagamento do valor devido. Esse processo pode comprometer o patrimônio da empresa e dificultar suas operações.
A execução fiscal é um mecanismo legítimo e importante para a cobrança de débitos públicos, mas traz consequências severas para o devedor que não se regulariza. Manter-se informado sobre as etapas do processo e agir prontamente ao ser citado é essencial para evitar sanções e prejuízos financeiros.
Na Pigatti – Contabilidade e Consultoria, oferecemos suporte e orientação a empresas que precisam de auxílio para resolver questões fiscais, garantindo que você possa tomar decisões informadas e assertivas para regularizar sua situação e proteger o patrimônio da sua empresa.
ESCRITO POR: Equipe de Redação da Pigatti
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