É fato que a pandemia da covid-19 afetou de forma significativa a trajetória da economia brasileira durante os primeiros trimestres de 2020 e ainda compromete as projeções para 2021.
Mesmo próximo do final do terceiro trimestre, persiste um certo grau de incerteza da magnitude e extensão da retração da atividade econômica e os reais impactos no desempenho do PIB.
Para projetar uma análise da expectativa futura, é importante observar depoimentos de especialistas que realizaram estudos sobre o tema, segue alguns deles:
“Foi muito negativo em abril, menos ruim em maio e junho um pouquinho menos pior”;
“O cenário de retomada deve se manter nos próximos meses, em ritmo gradual, em função da cautela dos consumidores e no contexto de mercado de trabalho muito fragilizado”;
“A grande pergunta é se o emprego irá voltar. Hoje ainda não temos radiografia real da queda do desemprego, já que muitas pessoas ainda não estão procurando emprego devido ao auxílio emergencial”
“A redução do auxílio nos próximos meses vai revelar como fica a economia, a capacidade de manutenção de consumo, de geração de emprego. Importante lembrar que ano que vem não há espaço no orçamento para esses estímulos”.
“O ministro da Economia acredita que depois da queda rápida da atividade, deve acontecer também uma alta na mesma intensidade”
Todos esses depoimentos, só reforça a ideia de que o nível de incerteza ainda é elevado. Não apenas pela dificuldade de resposta e efetiva retomada das atividades econômicas, mas pela instabilidade “ainda” existente entre os interesses dos poderes executivo e legislativo.
Porque ainda existe muita pressão por gastos públicos para conter o avanço da epidemia, e a manutenção desse movimento compromete o realinhamento do compromisso fiscal, neste momento prioritário para a retomada do crescimento econômico.
No entanto, o viés positivo permite sinalizar que os últimos trimestres de 2020 não serão tão ruins como os anteriores, isto porque a partir de maio o setor produtivo, como indústria e agronegócio, já apresentou importante recuperação da atividade econômica.
Isto se deve ao fato, em parte, da adoção das medidas de preservação de renda, além do aumento da demanda do mercado externo por produtos brasileiros, principalmente do agronegócio e de alguns segmentos de manufaturados.
Por Marcos Antônio de Andrade é mestre, pós-graduado e graduado em Administração, com habilitação em Comércio Exterior. É pós-graduado em Finanças.
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