Há muitas maneiras de uma empresa passar por crises: problemas financeiros, problemas jurídicos, problemas de força maior, eventos negativos associados aos seus produtos, serviços ou atendimento, impressão negativa indireta, etc.
Crises acontecem com qualquer negócio e o problema não está na crise em si, mas na forma com o mercado percebe como a empresa se comporta diante destes eventos.
O que é a gestão de crise?
A gestão de crise é um conjunto de metodologias que uma empresa pode (e deve) adotar para prevenir e resolver problemas, otimizar a sua imagem diante destes eventos, lidar com impactos gerais da exposição negativa, evitar perdas e oferecer aos seus públicos (consumidores, fornecedores, colaboradores, investidores, etc.) mais transparência e credibilidade.
Para a empresa, é ainda um forma de prevenir despesas e perdas, ou mesmo remediá-las.
As disrrupções dos processos comuns da empresa podem ocorrer de forma interna ou externa.
Sabendo que crises acontecem, é importante prevenir antes mesmo de ter que remediar.
E se precisar, tomar atitudes para controlar a situação e oferecer respostas aos envolvidos e ao mercado prontamente.
O fato é que, seja qual for o problema, sempre irá impactar na imagem da empresa e suas marcas.
É preciso assegurar, em todas as fases da crise, que a empresa tem o compromisso em estabelecer a normalidade, em dar respostas e em ser transparentes, sempre com atitudes apoiadas em seus valores.
Criação de protocolos para situações de crise
Uma forma de lidar com a crise é preveni-la, como já dito.
Logo, independentemente do tamanho da empresa, é importante ter um protocolo para lidar, prevendo situações, com as crises.
Pode ser um protocolo formalizado em um documento, um manual de crise e ainda uma comissão com representantes que serão ativados em momentos de contingências.
Estratégias de gerenciamento de crises
Este manual e o comitê estabelecido devem seguir normas simples e de fácil compreensão que implicam na definição do problema, levantamento de informações e mapeamento dos impactos, comunicação tempestiva e frequente, definir estratégias de gestão e controle da situação, definir estratégias de mídia, falar diretamente com os afetados, adotar resoluções e soluções para o problema, adotar medidas para manter a rotina de trabalho.
Estas são estratégias básicas pode podem ser consideradas para o segmento de gestão de crise, e outras podem ser adaptadas conforme as necessidades da empresa.
Basicamente, trata-se de definir o problema e seus impactos, propor soluções, manter a comunicação a todo momento e otimizar a imagem da empresa, lidar com os afetados e resolver o problema.
É importante prever o que pode ser previsto e adaptar-se ao que não pôde ser previsto.
A importância do Plano de Ação
Por mais que uma empresa tenha um manual de crise, um comitê a postos e ferramentas para efetivar cada etapa do gerenciamento do problema, é preciso que estabeleça um Plano de Ação e que o obedeça, realizando as ações necessárias.
Não adianta ficar só no discurso.
É preciso tomar atitudes.
O ponto de partida é a definição de um Plano de Ação.
Canais de comunicação e media training
A comunicação com a imprensa e os interessados no ocorrido deve ser clara, dinâmica e frequente.
Para isso, deve haver uma equipe preparada.
O media training é o treinamento de porta-vozes, que deve ser realizado preventivamente.
Pode haver uma equipe de assessores ou de executivos treinados, para que desta forma a comunicação seja mais efetiva e traga mais segurança e transparência ao processo.
Assim, além de canais de comunicação definidos, é preciso que a gestão de crise seja amparada por uma equipe competente, com uma linguagem alinhada com a empresa e mensagens-chaves que expressam as informações necessárias, protegendo ou enaltecendo o imagem e o comprometimento da empresa.
Mensuração constantes
Em todas as fases da crise ou mesmo na sua previsão, é importante que a empresa mantenha sempre em perspectiva o que pode acontecer e o que pode ser feito, se pautando também pelos resultados e informações que possui em mãos.
Cada ação gera resultados que precisam ser medidos.
Uma situação de crise traz ainda muitos aprendizados, seja para realizar mudanças na estrutura da empresa, seja na prevenção de novas situações como esta e em melhorias no manual de crise.
Empresa lidando com a crise
Nem sempre lidar com a crise envolve apenas respostas aos interessados ou a resolução de um problema específico.
Há crises que requerem atitudes mais amplas, um planejamento maior e estratégias que envolvem toda a estrutura da empresa – operações, produção, financeiro, contabilidade, marketing, jurídico, etc.
Para tal, é importante os gestores estabelecerem respostas rápidas, prevenção ao longo do tempo, construção de uma estrutura forte e cultivarem a adaptação às contingências e desafios quando estes não podem ser previstos.
Planejamento de médio e longo prazos são importantes, mesmo quando o cenário muda ou há implicações globais, que também afetarão o seu negócio.
Mas se adaptar, controlar problemas e reduzir riscos deve ser uma constante independentemente das previsões.
Fonte: OSP Assessoria Contábil