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Dólar abre em alta, aguardando dados da inflação nos EUA e Brasil

O início da semana registrou um aumento no valor do dólar nesta segunda-feira (8), à espera dos dados de inflação nos Estados Unidos, após uma redução nas expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve em 2024. Além disso, ao longo desta semana, serão divulgados os índices de preços no Brasil, mensurados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Confira a seguir um panorama resumido dos mercados.

Dólar

Às 9h30, a cotação do dólar registrava uma elevação de 0,45%, alcançando R$ 4,8932. Consulte mais informações sobre as cotações.

No encerramento da última sexta-feira, a moeda norte-americana apresentou uma queda de 0,73%, fechando a R$ 4,8718. Dessa forma, a primeira semana de 2024 concluiu com um acréscimo acumulado de 0,40% no valor do dólar.

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Contrastando com o desempenho de 2024, o ano de 2023 terminou com uma redução significativa de 8,06%. O pico histórico do dólar ocorreu em 13 de maio de 2020, atingindo R$ 5,9007. Desde então, a moeda já acumulou uma queda de quase 18%.

Confira o resumo do desempenho ao final de 2023:

Redução de 0,17% na semana;
Retrocesso de 1,28% no mês;
Perda de 8,06% ao longo do ano.

Ibovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo, representada pelo Ibovespa, inicia suas operações somente a partir das 10h.

No fechamento da última sexta-feira, o índice registrou um aumento de 0,61%, atingindo os 132.023 pontos. Como resultado, concluiu a primeira semana de 2024 com uma queda acumulada de 1,61%.

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No decorrer do ano anterior, o mercado acionário encerrou com um ganho expressivo de mais de 22,28%. Em termos anuais, este desempenho representa o melhor resultado desde 2019, quando o índice apresentou uma alta acumulada de 31,58%.

Confira o resumo do desempenho ao final de 2023:

Aumento de 1,08% na semana;
Ganho de 5,38% no mês;
Crescimento de 22,28% ao longo do ano.

O que movimentou os mercados?

O enfoque desta semana estará nos dados de inflação, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. O índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) está programado para quinta-feira e será examinado com atenção para desvendar as próximas diretrizes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, no que diz respeito à política monetária.

Na semana anterior, o relatório de emprego não agrícola dos EUA (“payroll”) superou as expectativas do mercado em dezembro. Além do aumento no número de vagas, os salários também registraram um crescimento sólido.

Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, sugere que esses dados podem ter sido um “choque” para aqueles que antecipavam um corte de juros na reunião de março do Fed, mas não devem indicar uma alteração significativa no cenário.

“O mercado de trabalho permanece aquecido, mas essa revisão mostra que, de fato, estamos enfrentando uma perda importante de dinamismo, ainda que gradual, evidenciada pela manutenção da taxa de desemprego em 3,7%,” destaca ela.

A análise da inflação deve oferecer uma orientação valiosa, podendo influenciar a probabilidade do primeiro corte de juros nos EUA.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indicará se o país conseguiu manter a inflação dentro do intervalo estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com uma meta mínima de 3,25% e um teto de 4,75%.

No boletim Focus desta semana, os economistas do mercado financeiro ajustaram para cima a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, passando de 1,52% para 1,59%. Estes números refletem uma desaceleração, uma vez que a projeção para 2023 aponta uma expansão de cerca de 3%.

Quanto a 2025, a previsão de crescimento da economia permaneceu inalterada em 2%.

A expectativa do mercado para a inflação oficial de 2024 permaneceu estável em 3,90%, mantendo-se abaixo do teto da meta para o ano, estabelecido em 3%, com um intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

Quanto ao fechamento de 2024, a projeção do mercado para a taxa básica de juros se manteve inalterada em 9% ao ano. Para o final de 2025, a projeção também permaneceu estável em 8,5% ao ano.

Leonardo Grandchamp

Supervisor de Redação do Jornal Contábil e responsável pelo Portal Dia Rural.

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