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Dólar chega a R$ 5,77, mas fecha estável após comentário de Lira

Num dia de reviravoltas no mercado financeiro, o dólar fechou com pequeno recuo após encostar em R$ 5,80. A bolsa de valores, que caía 3,5%, quase reverteu o movimento na última hora de negociação e encerrou com leve baixa.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (3) vendido a R$ 5,664, com recuo de R$ 0,002 (-0,03%). Depois de atingir R$ 5,77 na máxima do dia, por volta das 13h30, a divisa estava cotada a R$ 5,74 às 16h30, quando passou a cair após um comentário do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Em postagens nas redes sociais, Lira negou que o Congresso pretenda votar medidas que furem o teto federal de gastos. Ele classificou de infundadas as notícias de que o texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial excluirá determinados tipos de despesas, como o Bolsa Família, do teto.

“Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto. Essas especulações não contribuem para o clima de estabilidade e previsibilidade”, postou o presidente da Câmara na rede social Twitter.

Foto: Câmara dos Deputados

A bolsa de valores, que vinha em forte queda, virou após a postagem de Lira. O índice Ibovespa, da B3, que chegou aos 107,6 mil pontos no pior momento do dia, perto das 16h10, mudou o rumo e passou dos 112 mil pontos por volta das 16h55. O indicador encerrou o dia aos 111.184 pontos, com recuo de 0,32%.

A indicação de que a base aliada pretende trabalhar pela manutenção do teto de gastos dissipou as pressões do mercado nos últimos dias. A PEC emergencial, que teve o parecer lido ontem (2) no Plenário do Senado, foi desidratada, mas mantém medidas de ajuste fiscal que compensam os gastos extras com a recriação do auxílio emergencial. Para os investidores, a criação de gastos sem medidas compensatórias aumenta o risco de a dívida pública, que saltou durante a pandemia, fugir do controle.

Antes da postagem de Lira, o mercado também repercutia o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2020. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira encolheu 4,1% no ano passado, na pior recessão desde o início da década de 1990.

Fonte Agência Brasil – Por Wellton Máximo 

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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