Saúde

Donanemab: Medicamento experimental retarda Alzheimer em 35%

A farmacêutica Eli Lilly and Co divulgou no início de maio, que um medicamento experimental para Alzheimer retardou o declínio cognitivo em 35% em um teste em estágio final.

Essa descoberta representa a evidência mais robusta até o momento de que a remoção das placas amilóides aderentes no cérebro beneficia os pacientes com essa doença, segundo especialistas.

Trata-se do donanemab, um anticorpo direcionado a uma forma modificada da placa beta amilóide conhecida como N3pG.

Resultados do teste

Segundo a empresa, o medicamento da Lilly, o donanemab, alcançou todos os objetivos do teste. Ele conseguiu retardar a progressão da doença de Alzheimer em 35%, em comparação com um placebo, em um grupo de 1.182 pessoas com doença em estágio inicial.

Esses indivíduos apresentavam depósitos de duas proteínas-chave da doença de Alzheimer, a beta-amiloide, e também níveis intermediários de tau, uma proteína associada à progressão da doença e à morte de células cerebrais.

Além disso, o estudo também avaliou o medicamento em 552 pacientes que apresentavam níveis elevados de tau.

Os resultados revelaram que, quando os dois grupos foram combinados, o donanemab conseguiu retardar a progressão da doença em 29%.

Essa avaliação foi baseada na Escala de Avaliação Clínica de Demência (CDR-SB), uma escala comumente utilizada para medir a progressão da demência.

De acordo com os especialistas, ao utilizar essa escala, as conclusões da Lilly estão em um nível praticamente equivalente às do lecanemab, desenvolvido pela Eisai Co Ltd e pela Biogen Inc, comercializado como Leqembi.

O lecanemab demonstrou reduzir o declínio cognitivo em 27% em pacientes com Alzheimer em estágio inicial, conforme publicado em um estudo no ano passado.

Esses resultados positivos levaram as ações da Lilly a atingirem um recorde, com um aumento de mais de 6%, chegando a US$ 429,85.

Leia Também: Alzheimer: É Possível Prevenir A Doença Ainda Na Juventude?

Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta o cérebro, causando a perda gradual de funções cognitivas, memória, pensamento, comportamento e habilidades sociais.

É a forma mais comum de demência e afeta principalmente pessoas idosas. Os sintomas iniciais geralmente incluem dificuldades de memória, desorientação temporal e espacial, dificuldade em realizar tarefas cotidianas, problemas de linguagem e mudanças de humor e comportamento.

Conforme a doença progride, os sintomas se agravam, afetando a capacidade de comunicação, a autonomia e a qualidade de vida do paciente.

A causa exata do Alzheimer ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que envolva uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida.

Infelizmente, atualmente não existe uma cura para o Alzheimer, mas existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Esther Vasconcelos

Estudante de nutrição e apaixonada por meios de comunicação, trabalhando atualmente como redatora no Jornal Contábil.

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