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DVA: Saiba o que é Demonstração do Valor Adicionado

por Esther Vasconcelos
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A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é um relatório contábil que apresenta as riquezas produzidas por uma empresa em um determinado período e a forma como essas riquezas são distribuídas entre seus stakeholders, como acionistas, funcionários, fornecedores, governo, entre outros.

A DVA tem como objetivo demonstrar como a empresa agrega valor aos seus produtos ou serviços ao longo do processo produtivo e distribui esse valor entre os diversos agentes envolvidos.

A demonstração é composta por três partes principais: a receita de vendas, os custos e despesas incorridos no processo produtivo e a distribuição do valor adicionado.

Receita de vendas

Receita de vendas é o montante total de vendas de produtos ou serviços de uma empresa em um determinado período.

É a principal fonte de recursos de uma empresa, representando a entrada de dinheiro proveniente das atividades operacionais.

A receita de vendas é calculada multiplicando a quantidade de produtos ou serviços vendidos pelo seu preço de venda unitário.

Por exemplo, se uma empresa vendeu 100 unidades de um produto a um preço unitário de R$50,00, a sua receita de vendas será de R$5.000,00.

A receita de vendas é importante para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa, pois reflete a demanda pelos produtos ou serviços oferecidos.

É com base nessa receita que a empresa pode pagar seus custos e despesas, além de gerar lucro para os seus acionistas.

Além disso, a receita de vendas também pode ser utilizada para análises de tendência e comparações com o desempenho de outras empresas do mesmo setor.

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Custos e despesas incorridos no processo produtivo

Os custos e despesas incorridos no processo produtivo referem-se aos gastos necessários para produzir os produtos ou serviços oferecidos pela empresa.

Esses custos podem ser divididos em duas categorias principais: custos diretos e custos indiretos.

Os custos diretos são aqueles que podem ser diretamente atribuídos à produção de um produto ou serviço específico.

Incluem, por exemplo, os custos de matéria-prima, mão de obra direta e os custos de fabricação.

Os custos indiretos, por sua vez, são aqueles que não podem ser facilmente atribuídos a um produto ou serviço específico, mas são necessários para manter a operação da empresa como um todo.

Imagem por @BillionPhotos / freepik
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Incluem, por exemplo, os custos de aluguel, manutenção de equipamentos, salários e benefícios dos funcionários administrativos, entre outros.

As despesas, por outro lado, são gastos incorridos pela empresa que não estão diretamente relacionados com o processo produtivo, mas sim com as atividades necessárias para manter a operação da empresa.

Incluem, por exemplo, os custos com vendas, marketing, pesquisa e desenvolvimento, entre outros.

É importante que a empresa tenha um controle adequado dos seus custos e despesas para garantir a sua rentabilidade e sustentabilidade a longo prazo.

Isso pode incluir a implementação de estratégias de redução de custos e otimização de processos produtivos, bem como a análise contínua dos gastos para identificar oportunidades de economia.

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Distribuição do valor adicionado

A distribuição do valor adicionado refere-se à forma como a empresa distribui o valor gerado ao longo do processo produtivo entre seus diversos stakeholders, como acionistas, funcionários, fornecedores, governo, entre outros.

A distribuição do valor adicionado é apresentada na Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e pode variar de empresa para empresa, dependendo de sua política de remuneração e distribuição de lucros.

Em geral, a distribuição do valor adicionado é composta pelos seguintes elementos:

  1. Remuneração dos empregados: inclui salários, benefícios e encargos sociais pagos aos funcionários da empresa.
  2. Remuneração do capital próprio: inclui os dividendos e juros sobre capital próprio pagos aos acionistas da empresa.
  3. Remuneração do capital de terceiros: inclui os juros e outras despesas financeiras pagas aos credores e investidores que fornecem recursos para a empresa.
  4. Impostos e taxas: inclui os impostos e taxas pagos ao governo, como imposto de renda, contribuição social, ICMS, ISS, entre outros.
  5. Reservas e retenção de lucros: inclui a reserva de parte do lucro para investimentos futuros e a retenção de lucros para fortalecer a posição financeira da empresa.

A forma como a empresa distribui o valor adicionado pode refletir sua visão de responsabilidade social corporativa e sua política de gestão de stakeholders.

Uma empresa que valoriza seus funcionários pode optar por uma política de remuneração mais generosa, enquanto uma empresa que busca maximizar os lucros pode optar por distribuir uma maior parcela do valor adicionado aos acionistas.

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