A semana termina com os índices dos EUA sendo negociados no vermelho, sendo o Nasdaq o mais afetado, devido aos temores gerados depois que a inflação dos EUA cresceu mais do que o esperado. De acordo com o Departamento de Comércio do país norte-americano, o Índice de Preços (PCE) ficou em 4,3, quando era esperado que ficasse em 4,2 pontos em agosto. No início da sessão em Wall Street, os principais índices operavam em alta, após a farmacêutica Merck informar que seu tratamento oral por meio de pílulas contra a Covid-19 reduz em 50% as causas de morte em pacientes. Imediatamente após o anúncio, as ações da farmacêutica subiram 7%.
Anteriormente, a sessão europeia fechava com números vermelhos, depois de se saber que a inflação na Zona Euro cresceu 3,4% em termos homólogos, o maior nível desde setembro de 2008.
Para a próxima semana, entre as atividades macroeconômicas mais importantes, as vendas no varejo, e a decisão sobre as taxas de juros do RBA na Austrália, a reunião do Banco Central da Nova Zelândia (RBNZ) e a Ata da última reunião do Banco estande Fora. Já nos Estados Unidos, destacam-se a Europa Central (BCE) e o Non-Farm Payrolls (NFP). Esta última informação será fundamental para a evolução do dólar e dos mercados financeiros nos próximos dias.
O Dollar Index (DXY), índice que mede a força do dólar em relação aos seus principais homólogos do G7, fechou sua melhor semana desde junho, com a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos poderia reduzir os planos de estímulo mais cedo ou mais tarde por causa de um aumento na inflação. No entanto, ao longo da semana, o mercado mostrou-se cauteloso e bastante volátil devido a preocupações com a Covid-19, incertezas sobre o crescimento econômico da China e temores sobre o possível fechamento parcial do governo federal caso não fosse acordado no Congresso o aumento do teto da dívida nos EUA em relação ao euro. O dólar teve valorização de 1,3% na semana, registrando máximos desde julho de 2020 em 1,16. Por outro lado, o iene se recuperou após atingir a maior baixa de 19 meses em relação ao dólar, fechando com uma queda semanal de 0,6%.
O ouro preto fecha com números mistos. Enquanto o West Texas enfraqueceu 0,17%, o Brent permaneceu inalterado em relação ao preço do dia anterior. Ao longo da semana, houve muita especulação sobre a decisão que a Opep+ poderia tomar sobre sua produção. Tudo indica que eles podem atrasar a decisão de aumentar a produção diária, dada a falta de clareza sobre as perspectivas da economia mundial. Hoje, o cartel do petróleo deve se reunir com seus aliados para tomar a decisão de aumentar sua produção em 400 mil barris por dia em novembro e dezembro. No caso do West Texas, pode tentar se recuperar em $74,00, algo que dependerá dos eventos que ocorrerão na reunião da OPEP, enquanto, em Brent, a meta de alta seria em 79,16 e a mínima em $77,40 o barril.
A aversão ao risco beneficia o ouro devido ao seu papel como um ativo porto-seguro. O metal precioso fechou em alta na sexta-feira, também se beneficiando da inflação mais alta nos EUA. O preço à vista do ouro subiu 0,1%, para $1.758,58 a onça. Para esta semana, se os dados de emprego dos EUA na sexta-feira confirmarem um aumento na criação de empregos acima das projeções, o metal deve perder posições para o dólar. Os níveis a serem considerados se o ouro depreciar são de $1.751 e $1.747. No lado positivo, as resistências estão em $1.764 e $1.722.
O real encerrou a semana em alta em relação ao dólar, mas registrou queda de 1,1% na semana, fechando a 5,36 reais por dólar. O fortalecimento da moeda local deve-se principalmente a uma maior demanda por moedas emergentes e a uma menor compra de ativos portos-seguros por parte dos investidores, na sequência do acordo entre democratas e republicanos dos EUA para elevar o teto da dívida e evitar o fechamento parcial do governo em 1º de outubro. Para esta semana, há uma bateria de dados macroeconômicos no Brasil. Destacam-se a produção industrial e vendas no varejo de agosto, o PMI de serviços e o CPI de setembro. Nestes últimos dados, espera-se uma inflação melhor segundo analistas locais. No nível técnico, após se aproximar da resistência localizada na área de 5,44446, a taxa de câmbio se corrige e se forma para baixo. O piso para considerar se essa tendência continua deve ser de 5,2672 reais por dólar.
O acordo no Congresso para elevar o teto da dívida dos EUA, que evitou uma paralisação parcial do governo dos EUA em 1º de outubro, alimentou uma maior demanda por ativos de risco no mercado de ações e também beneficiou o dólar norte-americano. Na sexta-feira, o peso perdeu terreno para o dólar de 0,1% e estava sendo negociado entre 20,50 e 20,55 pesos por dólar. Para esta semana, o foco estará nos dados de emprego dos EUA que, caso superem as expectativas, gerarão mais pressão baixista para o peso. A nível local, o dado a destacar é a publicação do IPC de setembro na quinta-feira, onde o índice de preços ao consumidor deve crescer de 5,59% para 5,94% na taxa interanual durante o mês de setembro.
A moeda local valoriza-se 0,63% em relação ao dólar, após o anúncio do Banco da Colômbia de elevar a taxa básica de juros em 25 pontos base e colocá-la em 2%. O motivo desta decisão, que teve 4 votos a favor e 3 contra, é o controle da inflação, que atualmente está em 4,4% ano-a-ano. Todos os membros do Comitê de Política Monetária do Banco Central concordaram em aumentar as taxas de juros, mas três dos sete membros buscavam um aumento de 0,5% e não de 0,25%. O impacto não deve durar mais do que alguns dias e o dólar deve recuperar o terreno perdido entre terça e quarta-feira. Em um nível técnico, se o dólar avança, o teto é de $3.842, enquanto, no lado negativo, o piso é de $3.746.
Disclaimer: Negociar produtos financeiros com margem acarreta um alto grau de risco e não é adequado para todos os investidores. Certifique-se de compreender totalmente os riscos e de tomar os devidos cuidados para gerenciá-los
Por Por José Giraz, analista de mercado financeiro e diretor da Skilling para LATAM
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