Acreditando que trabalhamos para obter e suprir as nossas necessidades mais básicas, – incluindo um pouco de conforto e principalmente a segurança de um teto sobre nossas cabeças, o consumo desenfreado justifica o apelo para fazer parte de um sistema capitalista cuja a única preocupação é o lucro.
Será que existe uma saída?
O potencial da Economia Azul
O termo, utilizado para definir todo o potencial de riqueza contido nos oceanos, que tem como base, o uso inteligente e o aproveitamento total de recursos naturais, sem prejuízo aos ecossistemas, se bem administrados, podem gerar oportunidades de emprego e negócios, sendo o caminho efetivo para desenvolvimento do país.
O belga Günter Pauli em seu livro “Blue Economy”, A Economia Azul, traz 100 ideias inovadoras que beneficiam o meio ambiente, e também satisfazem as necessidades básicas do ser humano.
Essa economia tem como base, o equilíbrio entre o investimento responsável em um oceano sustentável, aproveitando totalmente os recursos naturais, sem prejuízo dos ecossistemas.
O principal fator que sugere o sucesso da Economia Azul, diferente da Economia Verde, é que não há a exigência para que os governos sejam subsidiários, nem que as empresas aceitem obter lucros menores ou ainda, que os consumidores paguem mais.
A Economia Azul busca manter a roda do capitalismo viva, porém, sem prejudicar o meio-ambiente, o que por si só, justificaria a transição.
Primeiras conquistas
Ficou famoso o caso do brasileiro, especialista em princípios da Biotecnologia Moderna, Jorge Alberto Vieira Costa, defensor da Economia Azul, que através de suas pesquisas, encontrou a viabilidade para que as algas Spirulina pudessem absorver o CO² proporcionado pela queima do carvão, produzindo assim proteínas que podem ser utilizadas como alimento e, ainda, transformadas em biocombustíveis.
Consciência
As gerações Y e Z entendem a ironia de ser as últimas letras do alfabeto, enquanto correm o risco de ser as últimas do Planeta Azul (enquanto o mesmo ainda é azul). Por isso, não aceitam mais receber produtos e serviços apenas pela comodidade ou pelo luxo que estes podem proporcionar, mas querem saber da missão por trás da empresa, se o produto que consomem, após o seu descarte, vai prejudicar o meio ambiente. Questionam a utilização do plástico que reveste os produtos, ou se de fato é necessário trocar de aparelho celular, a cada novo lançamento, visto que apenas 20% do lixo eletrônico é reciclado no mundo.
A lógica da economia consciente
Além da consciência sobre meio ambiente, essas duas gerações trazem, principalmente, no que diz respeito a troca desnecessária de aparelhos celulares, as práticas trabalhistas predatórias, com remunerações insuficientes. Como exemplo, temos o mercado da moda asiático, onde cerca de 98% dos trabalhadores não recebem o suficiente, nem para ficar acima da linha de pobreza, e os empregadores e governos dos países mais desenvolvidos ficam com os lucros para si.
É necessário que os conceitos e hábitos mudem bilateralmente, pois não basta as empresas se conscientizarem, e o consumidor não entender que a elevação de salários para um status digno, que fique acima da linha de pobreza, podendo elevar o preço das roupas mundialmente, de 6% até 12%, de acordo com a pesquisa da empresa de gestão de ativos dinamarquesa Nordea.
Apenas uma minoria iria concordar em pagar mais pelas suas roupas, se isso de fato acontecesse, aponta o relatório “Fashion Fast or Slow”, movimento mundial para a desaceleração da indústria da moda.
Enquanto grandes marcas continuam a produzir em massa, poluindo o ambiente e explorando a mão-de-obra barata, a Slotyx que prega a justiça igualitária e a responsabilidade socioambiental, contrata indústrias menores, que produzem com o mínimo impacto ambiental.
Por Fernando Vitali CEO da Slotyx, a empresa trabalha de modo a levar felicidade e alegria com seus produtos, porém, sem prejudicar o meio ambiente.