Na transição do segundo para o terceiro trimestre deste ano, a economia brasileira apresentou estagnação, conforme estimativa divulgada pelo Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (21). Esse indicador fornece uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que representa o conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país.
Comparando com o mesmo trimestre de 2022, observou-se um crescimento de 1,8% na economia. No entanto, ao analisar a variação entre setembro de 2023 e agosto, identificou-se uma retração de 0,6%.
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A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, destaca que a estagnação do PIB no terceiro trimestre em relação ao segundo reflete a fragilidade na sustentação do crescimento econômico brasileiro. Esse cenário é explicado pela desaceleração nos setores de agropecuária e serviços.
Um dos componentes essenciais para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), o consumo das famílias, registrou um aumento de 2,5% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), embora essa contribuição seja positiva, ela é consideravelmente inferior à observada em 2022. Naquele ano, havia um ambiente de recuperação no setor de serviços pós-pandemia e um “forte estímulo fiscal”, representando incentivos do governo para o consumo.
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A economista destaca que, apesar do crescimento em um ritmo menor, o consumo das famílias apresentou variação positiva pelo nono trimestre consecutivo. Isso demonstra uma notável resiliência desse componente, mesmo em um contexto de elevadas taxas de juros e elevado endividamento das famílias.
A estagnação no trimestre também é explicada pela formação bruta de capital fixo, um indicador que reflete o nível de investimento, incluindo a aquisição de máquinas e equipamentos, que teve uma retração de 5,3% em relação ao terceiro trimestre de 2022.
A FGV destaca que o forte recuo no segmento de máquinas e equipamentos é, de certa forma, generalizado, com ênfase no segmento de caminhões e ônibus.
No entanto, as exportações de bens e serviços apresentaram um crescimento de 10,6% no terceiro trimestre, impulsionadas pelas vendas ao exterior de produtos agropecuários e da extração mineral. Em contrapartida, as importações de bens e serviços tiveram uma retração de 7% no mesmo período.
Em termos de valor corrente, a FGV estima o PIB brasileiro em R$ 8,04 trilhões.
Os resultados apresentados pela FGV para o terceiro trimestre superaram as projeções do Banco Central (BC), que foram divulgadas na última sexta-feira (17). O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) registrou uma queda de 0,64% de julho a setembro em comparação com o segundo trimestre.
Vale ressaltar que os dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) são divulgados trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e as informações referentes ao terceiro trimestre serão disponibilizadas em 5 de dezembro. Em setembro, o IBGE informou que o PIB do segundo trimestre apresentou um crescimento de 0,9% em relação aos primeiros três meses de 2023.
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