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Eleições 2022: Urna eletrônica é realmente confiável?

Eleições 2022: Urna eletrônica é realmente confiável?

31/08/2022 às 10h14 Atualizada em 31/08/2022 às 13h14
Por: Ricardo
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Estamos em ano de eleição, e como de costume, além das atenções voltadas entre o pleito e as divergências políticas entre os cidadãos em redes sociais, outro tema que costuma ganhar palco dos eleitores é a urna eletrônica.

Isso porque como a urna eletrônica se trata de uma máquina, por mais protegido que esteja, muitas pessoas acreditam ser potencialmente vulnerável a vírus e invasões aos quais métodos se aperfeiçoam na mesma proporção dos aplicativos protetores.

No Brasil a urna eletrônica faz parte do processo eleitoral brasileiro desde 1996. Nesses 26 anos acompanhando as eleições o tema é cercado de mitos e especulações.

Para identificar se a urna eletrônica é confiável, vamos entender o que diz o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e especialistas da área para identificar se existem riscos ou não quanto à votação através da urna eletrônica.

A urna eletrônica é confiável? Veja o que diz o TSE

Segundo a Justiça Eleitoral, existe um trabalho árduo de aprimoramento da urna eletrônica para garantir que a votação ocorra de forma segura, transparente e eficiente.

Conforme informado pelo TSE, para a construção de todo o equipamento, é utilizado o que há de mais moderno em termos de segurança da informação. Onde para garantir a veracidade de sua segurança a urna eletrônica passa inclusive por Testes Públicos de Segurança.

Existem ainda diversos mecanismos de auditoria e verificação dos resultados que podem ser realizados por candidatos e coligações, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo próprio eleitor.

Dentre os processos de segurança que o eleitor pode acompanhar, está na Cerimônia de Votação Paralela, onde, na véspera da eleição, são sorteadas urnas para verificação em uma audiência pública.

Essas urnas que já estavam instaladas nos locais de votação, são então conduzidas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e posteriormente substituídas por outras, preparadas com o mesmo procedimento das originais.

No dia que ocorrem as eleições, também através de uma cerimônia pública, às urnas sorteadas são submetidas à votação sob mesmas condições que ocorrem em seção eleitoral, com o registro em paralelo dos votos depositados na urna.

Dessa maneira, cada voto é registrado em papel, e em seguida replicado na urna eletrônica, enquanto todo o processo é registrado em vídeo. Assim, no final do dia, no mesmo horário que se encerra a votação (17h) é feita uma apuração das cédulas de papel e comparado com o resultado do boletim da urna.

Um outro grande questionamento que se fala é sobre a possibilidade de ataques hackers às urnas no dia da votação, contudo, o TSE alega que a urna não é vulnerável a ataques externos.

Isso porque esses equipamentos de votação operam de forma isolada, ou seja, não dispõe de nenhum mecanismo que possibilite sua conexão a redes de computadores como a Internet.

Além disso, o TSE informa que a urna não é equipada com hardware necessário para se conectar a uma rede ou mesmo qualquer outra forma de conexão, seja ela com ou sem fio.

O sistema da urna eletrônica por sua vez utiliza o Linux (sistema operacional), que é preparado pela Justiça Eleitoral de maneira que não é incluso qualquer tipo de mecanismo relativo a software que permite a conexão com redes ou até mesmo acesso remoto.

Já para os casos de possíveis tentativas de violação, também existem medidas tomadas pela Justiça Federal, dentre elas, a Justiça utiliza ferramentas e controle de versão do código-fonte dos sistemas eleitorais.

Onde a partir destas ferramentas é possível acompanhar o código-fonte e se houve qualquer tipo de modificação e se essa modificação foi feita por alguém.

Por fim, a Justiça Eleitoral informa que somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do Tribunal Superior Eleitoral possuem acesso ao repositório de código-fonte, grupo este que está autorizado a fazer modificações no software.

A urna eletrônica é confiável? Veja o que dizem os especialistas

Segundo boa parte dos especialistas, a urna eletrônica é sim confiável, o motivo para isto está no seu funcionamento, onde a operação ocorre de modo isolado, sem qualquer tipo de acesso por internet ou outro tipo de conexão, o que inviabiliza qualquer ataque hacker, tendo em vista que a premissa de um hacker é a utilização da internet.

Segundo o especialista e CEO da Russell Bedford Brasil, Roger Maciel, as urnas eletrônicas no Brasil são seguras. A empresa de Roger Maciel foi responsável pela auditoria de votação paralela a pedido do TSE.

“Realizamos um teste no dia e na hora em que as eleições estavam sendo realizadas. Sorteamos uma urna eletrônica e comparamos com os votos daquela urna em papel. Os resultados são os mesmos”, disse o CEO da Russell Bedford Brasil.

A alegação é justamente sobre a urna estar completamente fora de conexão com a rede mundial de internet, o que impossibilita que qualquer pessoa de outra localidade consiga se conectar às urnas através da internet.

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