Em tempos de crise, incentivar a equipe pode mudar totalmente os rumos da empresa

O empresário precisa notar cada vez mais as habilidades não só técnicas, mas também emocionais e comportamentais do seu time. O ambiente de trabalho passou por transformações geradas pela pandemia essas habilidades, que vão além de técnicas, se tornaram ainda mais fundamentais. Esses impactos trouxeram ainda mais desafios para a sociedade como um todo, e quanto aos colaboradores, nas chamadas hardskills e softskills, com o aspecto emocional e as habilidades como resiliência ganhando mais espaço. Para se ter uma ideia, em decorrência da pandemia, o Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) espera um aumento expressivo nas estatísticas de pedidos de benefícios por doenças laborais em 2021. A concessão de auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez, por exemplo, aumentou 26% em 2020 em relação a 2019.

Tão importante quanto manter clientes ativos, formar equipe está entre os dois principais desafios de todo empresário. Já foi comprovado que, quanto melhor é o emocional e o psicológico de uma pessoa, melhores resultados ela produz. Funcionários e clientes são pessoas, e é preciso saber lidar com elas. Nessa direção, o empresário precisa ter também habilidade de comunicação e de liderança para poder formar uma equipe que se relacione bem com os seus clientes.

Lembramos que se contrata pela técnica e se demite pelo comportamento. Só que é mais fácil fornecer conhecimento do que mudar um hábito. Embora não seja o objetivo principal de uma empresa, que tem como meta principal atender as expectativas de seus clientes, desenvolver o colaborador passa a ser um dos objetivos também, principalmente para quem atua na prestação de serviços, pois “compra-se” conhecimento e tempo da equipe. Por isso, o gestor precisa dar feedback, auxiliar a pessoa no desenvolvimento técnico, mas jamais esquecer do comportamental e do emocional, incentivando a equipe na direção em que deve ir. Uma equipe alinhada muda o rumo de toda a empresa.

O time do financeiro é estratégico na tomada de decisão – e um erro muito comum no âmbito da empresa é quando ela não aproveita esse setor. Trata-se de um departamento que, geralmente, realiza uma atividade meio dentro dos negócios. Por vezes, fica muito no operacional, sem uma postura mais gerencial, estratégica, o que pode deixá-lo sem poder de decisão dentro das organizações. Por isso, cabe aos sócios, ao advogado, ao empresário, desenvolver e dar voz para as pessoas que estão dentro desse departamento que é o coração do negócio. Elas precisam estar bem, treinadas e integradas à empresa. Afinal, o financeiro também produz informações valiosas para a tomada de decisão.

Beatriz Machnick é contadora, especialista em Controladoria e Finanças, mestre em Governança e Sustentabilidade. 

Leonardo Grandchamp

Supervisor de Redação do Jornal Contábil e responsável pelo Portal Dia Rural.

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