Você sabe quanto você custa para a sua empresa? Isso mesmo! Você que é empreendedor também custa para o seu negócio. Entenda mais lendo nosso post.
Vou contar uma história para você. Essa semana eu fui na padaria que era a melhor da cidade, a padaria do Nelson.
Mas, infelizmente, hoje ela está bem longe de ser a melhor.
A padaria estava feia e os equipamentos pareciam velhos. Dava para ver que ela não tinha uma manutenção há muito tempo. Além disso, as opções eram pouquíssimas e o estoque parecia estar vazio.
A padaria do Nelson, que antes era a melhor da cidade, está em decadência.
O Nelson, em compensação, está bem. Anda com o carro do ano, tem vários imóveis que aluga e gera uma boa renda. A padaria está perto de falir e já não gera renda, então ele vive desses alugueis e investimentos.
Essa é uma história fictícia, mas tenho certeza que você já deve ter imaginado logo de cara alguma empresa e algum Nelson com essas características, acertei?
Você conhece esse o ditado: Empresa rica, dono pobre. Dono rico, empresa pobre?
Ele é bem conhecido entre gestores e empreendedores. E é a resposta para a pergunta: por que a empresa do Nelson está quebrando?
É muito simples: o Nelson parou de investir no seu negócio e começou a retirar o dinheiro da padaria para uso pessoal. Faltou investimento. Praticamente todo o dinheiro que deveria ser reinvestido na empresa era retirado do caixa para as contas pessoais do Nelson.
O Nelson acha que não poderia ter tomado melhor decisão. Afinal, com os imóveis e investimentos, a sua renda está boa e ele consegue ter um padrão alto de vida. Mas, esse pode ser um grande engano pois, se o Nelson tivesse reinvestido na padaria, poderia ganhar muito mais com ela do que está ganhando hoje com esses outros investimentos.
O Nelson esqueceu completamente que a empresa também é um bem dele e, como todo bem, precisa de manutenção e orçamento destinado.
A padaria do Nelson está sofrendo de falta de capital de giro.
Você já parou para se questionar sobre isso? Você sabe quanto tira da empresa mensalmente para cobrir os seus gastos?
Vamos ajudar a chegar nesse valor. Mas, antes precisamos falar sobre gastos da empresa e gastos pessoais.
É essencial para o sucesso da empresa que os gastos pessoais sejam separados dos da empresa, até mesmo para evitar problemas com o Fisco.
O ideal é que você tire o seu pró-labore no início do mês. Mas, sabemos que por muitas vezes isso não é possível e a solução é fazer pequenas retiradas durante o mês corrente.
Essas retiradas também devem ser vistas como seu pró-labore, é como se você pegasse o seu salário de forma parcelada.
Se você faz uma única retirada no começo do mês, o trabalho é menor: é só registrar e categorizar esse gasto no fluxo de caixa da empresa como pró-labore.
Agora, se você faz pequenas retiradas, isso não significa que a sua gestão financeira precisa ficar comprometida!
O importante é não esquecer de registrar nenhuma retirada, até as menores precisam de atenção. Sabe quando você retira do caixa da empresa 50 reais para abastecer o seu carro? Essa retirada também precisa ser registrada como seu pró-labore.
Você vai notar, quando ter esse controle, que até as despesas pequenas podem trazer um grande impacto para o seu negócio se não forem administradas.
Além disso, com esse registro, você conseguirá entender no final do mês o quanto foi retirado da empresa por você, ou seja, o quanto você custa para o seu negócio.
Lembre-se: qualquer retirada que você faça para pagar seus gastos pessoais deve ser registrada como seu pró-labore e não como um gasto da empresa. Por exemplo: a conta de energia elétrica da sua casa não deve ser registrada como energia elétrica e sim como pró-labore.
Assim, você não compromete o seu DRE e o fluxo de caixa categorizado continua fazendo sentido para a sua empresa.
Quando falamos sobre dono pobre é preciso ter cuidado para não haver uma grande confusão.
Ser um dono pobre não significa que o seu salário deva ser baixo, mas sim sustentável para a empresa.
Vamos explicar melhor: pode ser que no começo da empresa você realmente não consiga fazer retiradas significativas. E pode ser até que algum colaborador ganhe mais do que você. E tudo bem! Esse é um processo normal em uma empresa nova.
Mas, conforme ela vai se estruturando e tendo mais lucro, o seu pró-labore pode ser maior também.
A ideia de dono pobre é que você vai ganhar menos do que todo o lucro da empresa, mas pode ser que chegue o momento que seja sustentável você ter um pró-labore de R$ 100.000,00 e nós estamos torcendo por isso!
Você não pode se esquecer também que, conforme a sua empresa for crescendo, a participação de lucros também aumenta, gerando uma renda maior para você. Essa é feita normalmente no final do ano, depois de separar o montante para ser reinvestido.
Resumindo: ser um dono pobre é ser pobre em relação a empresa. A empresa sempre deve ficar com a maior parte dos recursos que ela gera em relação a você.
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