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Empresários devem ficar atentos ao parcelamento do Pronampe com o aumento da Selic

por Gabriel Dau
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Em 2021, o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) trouxe condições menos vantajosas aos empresários do que as que foram praticadas em 2020.

Naquela época, os empréstimos somaram R$ 37 bilhões, com uma taxa de juros de 1.25% ao ano mais Selic. Já em 2021, o valor disponibilizado foi de R$ 25 bilhões, com taxa de juros de 6% ao ano mais Selic.

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG), Frank Sinatra chama a atenção para o aumento das taxas de juros, sobretudo da Selic – a previsão é de que ela encerre 2021 em 7,5%.

“Diante desse cenário, aqueles que pegaram empréstimo devem ter um bom planejamento. Com juros mais altos, é preciso organizar as finanças para conseguir honrar os compromissos e não prejudicar a saúde financeira dos negócios. Essa é minha grande preocupação e meu alerta para todos”, frisa Sinatra.

Ainda segundo o dirigente, é possível que boa parte dos empresários não estejam percebendo esse impacto sobre o aumento das parcelas de pagamento, já que as operações ainda estão no período de carência.

“Mas é importante lembrar que isso significa somente que, no período de carência, não há o pagamento das parcelas, mas o saldo devedor está sendo corrigido pela taxa de juros contratada que, no caso do Pronampe, é a Taxa Selic mais 6% ao ano”.

Frank Sinatra também destaca que o tamanho atual do programa não foi suficiente para atender a alta demanda. Estima-se que seriam necessários cerca de R$ 200 bilhões para realmente ajudar as pequenas empresas a saírem da crise e voltarem a crescer.

“Ou seja, a grande maioria segue desassistida. Além disso, muitos empresários se queixam das dificuldades para acessar os recursos”, pontua.

O presidente da FCDL-MG também chama a atenção para o fato de que, mesmo com o estímulo do Pronampe, no primeiro quadrimestre de 2021, um total de 437.787 empresas fecharam no Brasil – alta de 22,9% em relação aos quatro meses imediatamente anteriores.

Na comparação com o primeiro quadrimestre de 2020, o aumento foi de 23,1%.

Vale lembrar que os empréstimos são destinados, principalmente, ao pagamento de impostos (federais, estaduais e municipais), água, luz, aluguel, FGTS e fornecedores, nessa ordem.

“Reafirmo aos empresários, tenham cuidado e façam um bom planejamento. Com cautela, podemos sair dessa crise e voltar a crescer”, finaliza o presidente da FCDL-MG.

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