Sete em cada dez professores acreditam que educação financeira deva ser discutida nas escolas, e cada vez mais pessoas da comunidade escolar acreditam que o tema é para todos. É o que mostra a segunda edição de uma pesquisa do Instituto XP, em parceria com a Nova Escola, feita a partir de entrevistas com cerca de mil professores de escolas públicas realizadas ao longo de novembro e dezembro de 2022.
O objetivo do Instituto XP e da Nova Escola com esta pesquisa é acompanhar a evolução dos indicadores referentes ao ensino sobre dinheiro, consumo e orçamento familiar após a implementação do tema transversal e disponibilização do programa de capacitação para os docentes. Após a primeira edição, entregamos diversos conteúdos gratuitos adaptados às necessidades identificadas na pesquisa. E, após a análise dos resultados coletados nesta última edição, iremos avaliar o quanto esses materiais apoiaram de fato a implementação do tema nas escolas.
Conforme o levantamento, a percepção sobre a relevância do tema se mantém elevada. De 2021 para 2022, houve um aumento na percepção de que educação financeira é para todos, passando de 42% para 53%. Além disso, a proporção de professores que usa conteúdos sobre educação financeira no contexto das aulas quase dobrou (de 12% para 23%) e o percentual referente à percepção de que os alunos estão preparados para absorver o tema saltou de 52% para 89%.
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“Nosso sonho grande é levar educação financeira para 50 milhões de pessoas no Brasil nos próximos 8 anos e sabemos que o engajamento dos professores, tendo em vista que são multiplicadores do conhecimento, é essencial. Além disso, o envolvimento dos alunos no tema também é imprescindível, visto que eles são agentes fundamentais para mudança de cultura que almejamos em suas famílias e comunidades.”, destaca Gabriela Torquato, head do Instituto XP.
“A percepção quase unânime de que a educação financeira é importante também impulsiona nosso projeto para podermos expandi-lo com o apoio dos professores e da sociedade. Por isso, continuaremos fomentando a discussão do tema dentro do ambiente escolar, fornecendo as ferramentas e apoios necessários para que a educação aconteça de fato. Saia do reconhecimento e vire efetiva”, complementa Torquato.
Consequências da pandemia e preparação dos professores
A segunda edição da pesquisa do Instituto XP em parceria com a Nova Escola também sinalizou alguns dos maiores obstáculos para o progresso da educação financeira dentro das escolas. Os principais desafios dos alunos, na percepção dos professores, são: a adaptação do conteúdo à capacidade de aprendizado (79%); a ansiedade elevada (52%); e os problemas em casa (51%). Os três estariam relacionados a sequelas da pandemia, que desencadeou o afastamento temporário das aulas presenciais e, consequentemente, implicou perdas mais significativas para os estudantes.
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Já em relação aos próprios professores, o percentual dos que se dizem preparados para ensinar a disciplina passou de 32% para 50%. Na contramão, os indicadores dos que se consideram pouco ou nada preparados também subiram: de 12% para 32% e de 0 para 4%, respectivamente. Uma hipótese para estes resultados é que, conforme a temática foi implementada, os professores identificaram brechas em sua metodologia de ensino e se sentiam despreparados para lidar com os conceitos. Portanto, antes de ensinarem, buscaram conhecimento para si.
E, ainda de acordo com os docentes, duas ferramentas se destacaram no incentivo da aprendizagem: a utilização de exemplos pessoais para aproximar os alunos do tema aumentou de 24% para 40%, de 2021 para 2022, e a internet continuou ganhando relevância como principal fonte de pesquisa sobre o assunto, mencionada por 78% e 84% dos professores entrevistados em 2021 e 2022, respectivamente.
“A educação financeira é um tema de extrema importância e capaz de gerar transformações práticas para o dia a dia dos alunos. Portanto, é primordial colaborar para que os professores conheçam boas práticas e conteúdos de qualidade que os ajudem a trabalhar este assunto na sala de aula”, acrescenta Ana Ligia Scachetti, CEO da Nova Escola, que disponibiliza gratuitamente diversos materiais para professores por meio de sua plataforma online gratuita.
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