A gestão financeira de toda e qualquer empresa deve sempre incluir em seus processos a análise dos indicadores financeiros.
Isso porque eles permitem ao gestor ter uma visão ampla sobre a situação do negócio e, assim, tomar decisões mais assertivas.
Por isso é necessário que todo empresário e gestor financeiro tenham conhecimento sobre quais são esses indicadores e como eles podem impactar nos negócios.
A seguir, você descobrirá mais sobre essas ferramentas e aprenderá a aplicá-las na sua empresa. Portanto, continue a leitura!
Para entendermos a importância dos indicadores financeiros em uma gestão, é preciso, antes, sabermos o que esses significam.
Nesse sentido, eles são métricas utilizadas como referência para medir a saúde financeira de uma empresa. Para isso, as informações utilizadas nessas mensurações são extraídas dos demonstrativos referentes aos resultados das operações comerciais.
Os indicadores financeiros são ferramentas indispensáveis para qualquer empresa, seja de pequeno, médio ou grande porte. Isso porque eles permitem que o gestor analise os resultados anteriores da empresa e compare-os com os atuais.
Logo, é possível ter um conhecimento prévio da saúde financeira da empresa para, então: tomar decisões mais acertadas, encontrar os melhores meios para atingir metas e objetivos e, até mesmo, agir antecipadamente a possíveis problemas futuros.
Ou seja, é possível conseguir melhores resultados e trilhar caminhos de crescimento exponencial e de sucesso com o uso dos indicadores financeiros.
Existem inúmeros indicadores à disposição das empresas, sendo que cada um deve ser utilizado para o alcance de um objetivo específico. Assim, a depender da empresa, alguns serão mais ou menos úteis.
Entretanto, separamos os principais exemplos de indicadores financeiros, todos essenciais para qualquer empresa.
Apesar de ser de simples mensuração, o faturamento é um dos indicadores mais importantes e representa a soma de todas as vendas de produtos e/ou de serviços em um determinado período, como semanal, mensal ou anual.
Convém mencionar que apenas poderá ser calculado o valor que já tiver entrado no caixa da empresa. Ou seja, no caso de pagamentos parcelados, as parcelas só devem entrar na soma do faturamento conforme forem sendo pagas.
A finalidade desse indicador, que pode ser bruto ou líquido, é avaliar o desempenho das vendas e saber se essas são suficientes para cobrir os custos e gerar lucro.
O lucro bruto consiste na receita total da empresa menos os custos despendidos para a produção de uma mercadoria ou execução de um serviço. Esses custos referem-se aos gastos variáveis, como insumos, matéria-prima e alguns tipos de mão de obra.
Nesse caso, a mão de obra será considerada como custo variável apenas quando for contratada sob demanda. Quando essa contratação for contínua, então ela é considerada como uma despesa fixa e, portanto, não entra no cálculo do lucro bruto.
Ou seja, no lucro bruto não entram as despesas da empresa, mas apenas os custos relacionados à produção do produto ou execução do serviço.
O ponto de equilíbrio ou break ever point é um indicador que mostra o momento em que a receita líquida e a soma de todos os custos e despesas se igualam, ou seja, quando o lucro líquido é igual a zero.
Com isso, é possível saber quanto a empresa precisa vender para não ter prejuízo e, a partir daí, superar esse ponto de equilíbrio para começar a obter lucros.
Na margem líquida é apresentado ao gestor o valor restante após a dedução de todos os custos e despesas da empresa, incluindo impostos e todos os gastos fixos e variáveis.
Assim, ela se torna um dos importantes indicadores financeiros para investimentos. Isso porque, ao saber a quantia disponível em caixa, é possível pensar em melhorias para a empresa.
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A margem EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization ou Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA, em português) indica o lucro da empresa antes da incidência dos descontos financeiros, impostos e da perda gradual do valor e da utilidade dos bens físicos existentes.
Ou seja, esse indicador mostra o potencial do negócio, seja de vendas ou prestação de serviços, o que pode ser útil para avaliar a gestão da empresa e o seu progresso.
O Índice de Cobertura de Juros é um indicador que avalia a capacidade que a empresa tem de pagar os juros contratuais provenientes de empréstimos e de dívidas sem que isso comprometa o seu caixa.
Assim, ele pode ajudar em inúmeros contextos, como na redução do impacto de juros sobre o caixa da empresa ou, até mesmo, na análise do cenário financeiro para a contração de empréstimos visando a melhoria do negócio.
Basicamente, o Retorno sobre Investimento (ROI) indica quanto a empresa ganha ou perde em qualquer investimento realizado.
Nesse sentido, ele permite que o gestor avalie o resultado das operações, como campanha publicitária, treinamento para funcionários, ação para atrair novos clientes ou qualquer outra atividade que seja considerada como um investimento.
Logo, é possível definir as ações que deram bons retornos e que, portanto, devem ser continuadas, e as que precisam ser modificadas ou extinguidas.
Como mencionamos, dentre as variadas opções de indicadores financeiros, é preciso que cada empresa saiba escolher quais são os necessários para o seu negócio e sua realidade.
Por isso, o primeiro passo é começar as atividades pelos principais, que listamos aqui. Mantenha uma análise regular e frequente deles para que seja possível evidenciar com precisão o que essas métricas falam sobre e para a empresa.
À medida em que for sendo criada uma afinidade com os indicadores essenciais, então pode ser o momento propício para agregar outros.
Entretanto, para essa escolha, considere o que o indicador vai te mostrar, quais as decisões serão possíveis tomar a partir de sua análise e como ele te ajudará a alcançar as metas da empresa.
Assim, com essas considerações, é possível escolher indicadores que realmente farão a diferença para a gestão financeira do seu negócio.
Agora que você já sabe quais são os principais indicadores financeiros, vamos te ensinar como calculá-los!
Para calcular o faturamento bruto, multiplique o preço de venda do produto ou serviço pelas unidades vendidas em um período determinado:
Para calcular o faturamento líquido, utilize a fórmula do faturamento bruto e subtraia os produtos devolvidos e os impostos cobrados sobre cada operação.
Para calcular o lucro bruto, basta pegar a receita total e subtrair pelos custos relacionados à produção da mercadoria ou execução do serviço.
Para o cálculo do ponto de equilíbrio, divida os custos e as despesas fixas pela margem de contribuição.
Para o cálculo da margem líquida, divida o lucro líquido pela receita de vendas líquida e multiplique o resultado por 100.
Para calcular a margem EBITDA, some depreciação, amortização e lucro operacional líquido.
Para o cálculo do índice de cobertura de juros, divida a margem EBITDA pelas despesas financeiras com juros.
Para o cálculo do ROI, basta subtrair o custo do investimento do ganho obtido e dividir o resultado pelo valor investido.
Você sabe o que são Incentivos fiscais? Confira neste artigo!
Agora que você, gestor ou empresário, já sabe quais são os indicadores financeiros e como aplicá-los à sua empresa, é hora de começar a implementá-los no negócio para colher os bons resultados.
E, é claro: não deixe também de criar metas específicas para a empresa para que cada indicador tenha uma função clara enquanto ferramenta para o alcance delas. Boa sorte!
Fonte: Emitte
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