Pesquisa realizada pelo IBOPE mostra que 70% dos entregadores de plataformas de entrega preferem um sistema de trabalho flexível – no qual é possível escolher em quais dias da semana e horários trabalhar, podendo atuar com vários aplicativos e definir a melhor forma de compor sua renda – ao modelo CLT.
O levantamento nacional foi feito entre os dias 17 e 18 de julho, com 1 000 entregadores de todas as regiões do país, escolhidos aleatoriamente e que fazem entregas para os três principais aplicativos de entrega: iFood, Rappi e UberEats.
Parte da pesquisa teve como foco a percepção dos entregadores quanto ao relacionamento com as plataformas.
Para 64% deles, o brasileiro iFood é o melhor app para fazer entregas, seguido por UberEats (16%) e Rappi (7%).
O iFood também é apontado por 56% dos entrevistados como a empresa que proporciona melhor remuneração aos entregadores (contra 14% do Rappi e 9% do UberEats) e que oferece os melhores benefícios à categoria (55%, comparados com 10% de UberEats e 5% de Rappi), além de fornecer informações de forma mais transparente (47%, contra 22% de UberEats e 8% de Rappi).
Sobre a paralisação ocorrida no início de julho, 40% dos entregadores entrevistados disseram apoiar o movimento e 41% afirmaram ser contrários ou indiferentes.
8% ainda disseram não ter tido conhecimento sobre o movimento.
Entre os 92% que tiveram conhecimento, 53% disseram considerar negativa a participação de partidos políticos e de sindicatos nas manifestações.
Ainda segundo a pesquisa IBOPE, 18% dos profissionais consultados e que ficaram sabendo do movimento disseram não ter feito entregas durante a paralisação por medo de sofrer algum tipo de intimidação, pressão ou violência por parte de integrantes da categoria.