Imagem por @aunging / freepik
Falar de meio ambiente, sustentabilidade e responsabilidade social tem sido comum nos últimos anos. Porém, o peso dos temas nunca foi tão grande na tomada de decisão como está sendo agora e será ainda, por muito tempo.
Tem sido corriqueiro notícias sobre catástrofes dos mais variados tipos, envolvendo empresas de renome ou não, seja no âmbito social, ambiental ou por questões voltadas à governança corporativa.
Baseado nisso o conceito de ESG ganhou força no mercado de investidores e começou a se transformar em métrica de interface entre empresa e acionista.
A sigla ESG que tem por significado os termos environment, social and governance. Traduzidos, querem dizer meio Ambiente, responsabilidade social e governança corporativa. O conceito é uma tendência no mercado corporativo quando se fala em escolhas para investir.
Isso tudo porque as empresas que têm uma agenda proativa de ações voltadas aos três pilares do ESG tendem a gerar menor risco ao investidor.
Empresas que atuam com frentes de trabalho direcionadas a esses temas tendem a ser mais sustentáveis e por isso, garantir estabilidade ao acionista.
O conceito de meio ambiente que aparece na sigla do ESG está voltado ao quanto a empresa está focada em reduzir sua pegada ambiental.
Essa frente de trabalho pode abrir diversas atividades, como atuação na gestão de resíduos, redução das emissões de CO2, redução do consumo de recursos naturais ou, até mesmo, disseminação da educação ambiental.
Tudo isso é valido para que o investidor entenda qual o compromisso da empresa para com os impactos que a corporação gera ao meio ambiente.
Assim como o conceito de meio ambiente, o pilar da responsabilidade social está ligado ao impacto positivo gerado pela empresa em benefício da sociedade e do contexto no qual está inserida.
Empresas que são socialmente responsáveis entendem o tipo de impacto que causam e quais as medidas tomadas para melhorar o entorno e a sociedade, em geral. As ações voltadas à responsabilidade social podem estar relacionadas ao apoio da educação na sociedade, promoção da diversidade e inclusão social, investimentos na saúde e segurança dos stakeholders ou até mesmo no apoio a causas sociais.
O tema governança corporativa talvez seja um dos mais antigos dos três pilares do ESG. Presente desde os anos 1980, a governança corporativa foi uma forma criada pelos investidores nos Estados Unidos para evitar abusos e ineficácia na gestão das empresas.
A governança corporativa é permeada por várias questões, sendo que quatro têm maior relevância: equidade, prestação de contas, transparência e responsabilidade corporativa.
O fator equidade está diretamente ligado ao tratamento igualitário às partes interessadas, evitando-se, assim, desequilíbrio de benefícios e semelhantes.
A prestação de contas é basicamente o compromisso dos envolvidos na gestão empresarial quanto aos seus atos e consequências.
Ao encontro da prestação de contas, a transparência é, talvez, o fator de maior importância para o investidor. É a forma de comunicá-lo irrestritamente quanto a todos os fatores relevantes da empresa, sejam eles positivos ou negativos.
Já a responsabilidade corporativa é basicamente a visão da empresa em curto, médio e longo prazo, em que onde todas suas ações têm como objetivo garantir a estabilidade dos resultados para aqueles que investem na empresa.
Todas as ações citadas são muito importantes e realmente mostram ao acionista o empenho da empresa em se comprometer com os pilares do ESG. Porém, o tempo passa e a maioria daqueles que se aventuram no caminho do desenvolvimento sustentável perdem energia e ficam em meio ao vão pela falta de habilidade em manter o trabalho.
Com isso, o relacionamento com o investidor fica fragilizado – o que o faz escolher outro solo mais firme para apostar suas fichas.
É importante que empresas que busquem se enveredar no caminho do ESG escolham algumas medidas a seguir:
Como podemos ver, o plano de gestão voltado ao ESG cria um caminho mais próximo entre empresa e investidor. Os pilares existentes na sigla facilitam o entendimento do acionista quanto aos planos e objetivos da empresa.
Por mais que atuar com ESG seja interessante para as empresas que buscam captar sócios, o trabalho é longo e árduo, visto que existe uma grande distância entre o requerido por legislação e as ações proativas em ESG. Essas envolvem custo, mão de obra especializada e, por muitas vezes, quebra de paradigmas.
Quanto ao investidor, cabe também o cuidado em avaliar as empresas que dizem atuar com foco nos pilares do ESG.
Ainda não existe uma padronização quanto ao tema que transforme palavras em matemática exata e, por isso, investir em “gato por lebre” ainda é possível caso a avaliação seja rasa.
Por Luiz Otávio Goi Jr. tem formação na área ambiental, especialista em Educação, Saúde e Segurança do Trabalho, Sustentabilidade Empresarial e MBA em Gestão Empresarial.
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