Imagem por @shisuka / freepik
Contratos de compra e venda de imóveis costumam ser extensos e, por vezes, deixam várias dúvidas em quem está fazendo esse investimento.
Uma dúvida frequente envolve a possibilidade de cobrança de despesas de condomínio e IPTU antes da entrega das chaves.
Outra característica dos contratos de compra e venda de imóveis é a ausência de grandes possibilidades de negociação por parte de quem está adquirindo o bem.
Por isso, esses contratos são considerados contratos de adesão (ou o consumidor adere aos termos impostos pelo vendedor ou o negócio não é realizado).
Dessa forma, dificilmente um consumidor conseguirá, por negociação direta com o vendedor, afastar cláusulas que considera abusivas ou desproporcionais.
Além disso, por desconhecimento de seus direitos, muitas vezes o consumidor sequer sabe que algumas cláusulas são consideradas abusivas.
Por essa razão, os contratos de compra e venda de imóveis são regidos pelo direito do consumidor, o qual resguarda o direito de quem está adquirindo o bem de obter a modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, ainda que por meio do Poder Judiciário.
Uma previsão bastante comum em contratos de compra de imóveis na planta e em terrenos de condomínio envolve a cobrança do adquirente de valores a título de IPTU e despesas de condomínio desde a assinatura do contrato ou desde a expedição do habite-se.
A Justiça entende que até a efetiva entrega do imóvel ao adquirente, com a real possibilidade de uso do bem, quem deve arcar com os valores decorrentes de IPTU e despesas de condomínio deve ser o vendedor (construtor/incorporador).
Isso porque, além de garantir a possibilidade de rever cláusulas abusivas, o código de defesa do consumidor prevê que é abusivo impor obrigações que coloquem o consumidor em situação de desvantagem exagerada.
Assim, mesmo que o consumidor tenha assinado o contrato com a cláusula de cobrança de despesas de condomínio e IPTU antes da entrega das chaves, é possível anular tal previsão abusiva através do Poder Judiciário e reaver os valores pagos, com atualização monetária e juros de mora.
Por Livia Polchachi, advogada responsável pelas áreas Trabalhista e Previdenciária do escritório Duarte Viana e Polchachi Advocacia.
Original de Duarte Viana
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