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Entra ano e sai ano, o percentual de empresas ainda recentes que fecham as suas portas no Brasil é muito grande. E um dos motivos vem se destacando há décadas: a falta de planejamento leva à falência. Este ainda é o maior desafio dos pequenos empreendedores no Brasil. Por que isso ainda acontece?
A falta de capacitação faz com que o empreendedor iniciante não saiba planejar ou planeje mal o seu negócio. Ainda se acredita que o planejamento seja opcional (o que não é verdade) ou que precise ser feito uma vez na vida do negócio. Não se tem muito critério ou exatidão sobre o que é planejamento, sobre como ser realista e como compreender as diferentes fases da empresa.
O planejamento muito específico e claro é o ponto de partida para qualquer negócio. Planejar significa dar dimensão ao seu projeto e definir metodologia de gestão – e se não se planeja, o que fica definido? Além da falta de entendimento sobre a importância do planejamento, há o problema da resistência, muito comum em empresas familiares. Uma vez que se vê algum resultado inicial, o empreendedor ainda resiste em querem mudar, para avançar em fases maiores e mais complexas do negócio. E planejar supõe todas as fases.
Empreender significa correr riscos. Isso é verdade. Mas não se trata de uma roleta-russa como ocorre com a falta de planejamento. Correr todo tipo de risco não é positivo. Que vantagens há nisso? Os riscos devem ser calculados e supostos exatamente no planejamento do negócio.
É preciso prevê-los e dar-lhes soluções. Eis mais um benefício do planejamento: supor riscos, evitá-los ou remediá-los. Não há glória nenhuma em estar disposto a correr todo tipo de risco, assim como não há glória em apenas “sobreviver”. Além disso, não é estratégico. A falta de planejamento sempre coloca a empresa no fronte das contingências.
O entusiasmo pode ser um fator motivador e de sucesso de pequenos negócios iniciantes. Mas a maioria dos empreendedores brasileiros costumam abrir um negócio por entusiasmo ou necessidade de sobreviver num mercado sem emprego. Foi o que evidenciou o IBGE, que entre 2014 e em 2017, as empresas de pequeno porte foram mais suscetíveis ao fechamento devido às pessoas abrirem negócios por entusiasmo, sem noção do preparo e do planejamento que deveriam efetivar.
Outro fator que resulta em falências de pequenos negócios é o tempo de planejamento. Não basta planejar: é preciso planejar de forma adequada e em médio e longo prazos. Uma pesquisa do IBMEC e do SEBRAE, ambos de São Paulo, revelaram alguns motivos para o fechamento precoce das empresas. Entre eles estão o pouco tempo de planejamento: há uma probabilidade maior de fechamento de uma empresa quando o proprietário gastou até cinco meses planejando o negócio do que daquele que gastou um ano ou mais nesse planejamento.
A dica é gastar mais tempo planejando o seu negócio, capacitando-se e buscando respostas para diferentes fases do mesmo, do que faze o planejamento por fazer, para cumprir regra. Além disso, deve-se ter em conta uma previsão de médio e longo prazos, para supor diferentes fases do negócio.
Empresas gigantes passando por maus momentos comprovam a importância de um Plano B, até mesmo para as situações mais extremas, como a que vivemos durante a pandemia. Conheça algumas empresas que não conseguiram sobreviver nos últimos anos devido ao Covid e outras situações:
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