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Felicidade corporativa: Como obtê-la?

por Esther Vasconcelos
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Parece uma utopia colocar a palavra felicidade em uma mesma frase que “corporativismo”, mas não é.

O mundo atual, pós pandemia, evidenciou ainda mais a necessidade de conciliar o trabalho com a vida pessoal e mais do que isso, hoje é fundamental ser feliz fazendo o que ama e não somente trabalhando.

Devemos começar a entender o real significado de “felicidade”. Segundo o escritor Deepak Chopra ser feliz está diretamente ligado a um motivo externo e tem ligação com outros dois conceitos: o de dor e o de prazer.

Já a alegria (joy) vem de dentro, independentemente do que está acontecendo a sua volta. Chopra chama-a de “leveza do ser”.

E por que as empresas deverão se preocupar com isso? Simples, colaboradores mais felizes são mais produtivos. E o que levará a um aumento de faturamento da empresa. A partir desse pensamento a “felicidade” passou a ser então uma estratégica de gestão.

Grave essa equação: funcionário feliz + empresa feliz = lucro. Posso citar aqui Shawn Achor, escritor do livro “O Jeito Harvard de ser Feliz”,  diz que o ser humano não precisa do sucesso para ser feliz, mas a felicidade potencializa nossos resultados, produtividade e ganhos financeiros.

Como conseguir isso? Cabe aos gestores criar um ambiente positivo, que estimule um astral bom entre os colaboradores.

Principalmente em um ano cujo tivemos diversos desafios e uma migração em massa para o home office, onde a saúde mental e emocional dos colaboradores parecem ter tomado uma proporção nunca antes vista nas companhias.

Para ajudar nessa missão seguem algumas dicas:

1)Promova o dia da gratidão

A gratidão é uma emoção positiva muito poderosa e ajuda a espantar outras emoções negativas.

Repare como a nossa mente tem a tendência a ser ingrata, damos sempre mais valor as coisas que perdemos do que o que ganhamos.

Quando você passar a incentivar seus colaboradores a agradecer mais notará que com o tempo haverá uma diminuição de reclamações, queixas, fofocas, discórdia, raiva, brigas e desentendimentos.

O exercício ajudará com que eles tragam a memória os momentos bons ou ruins que aconteceram na semana e para os quais somos gratos de alguma forma.

Um estudo realizado pela Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, o agradecimento revelou resultados imediatos. Gerentes que passaram a dizer um simples “obrigado” aumentaram muito a produtividade de sua equipe de trabalho. Link da pesquisa: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20515249/

2) Alinhe metas

Estamos falando de felicidade e ela não existe sem que haja o envolvimento da vida pessoal do seu colaborador. Para incentivar e motivar a sua equipe você pode traçar metas individuais que foquem no trabalho, na equipe e no pessoal.

Por exemplo: Peça para que eles coloquem em um papel metas pessoais como viagens, compra de uma casa, um carro, uma moto, a faculdade do filho, uma viagem etc. E depois as metas profissionais.

E monte um cenário que faça o seu colaborador entender como uma está diretamente ligada a outra e como ele pode conseguir conquistar esse desafio.

3) Ofereça programas voltados para a saúde mental

Na pandemia ficou ainda mais evidenciado a importância de manter ações que ajudem aos colaboradores a cuidar da saúde mental. Uma boa opção para isso é investir em programas de mindfulness – atenção plena.

Isso irá ajudar no foco, finalização de tarefas, controle da ansiedade e fará com que a mente consiga além de ser mais produtiva, também descansar.

4) Apoio psicológico

As maiores causas de afastamento do trabalho são doenças como: burnout, depressão e síndromes do pânico.

Isso é o resultado de conflitos mentais, dores e problemas que não foram resolvidos e que se acumularam ao longo do tempo.

Para que você entenda melhor a gravidade desse problema um estudo feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou que, até o final de 2020, a depressão causada pelo ambiente corporativo vai pular da 4ª para a 2ª posição no ranking das principais causas de afastamento do trabalho no mundo, afetando 121 milhões de profissionais.

Somente no Brasil, estima-se que 17 milhões de pessoas sofram com essa doença nas empresas. Manter uma linha aberta e oferecer acompanhamento psicológico aos seus colaboradores pode ser uma ajuda necessária e evitar afastamentos.

Por Flávia Knop: Mineira de 33 anos, casada, mãe de 2 filhas e empresária na maior distribuidora de eletrônicos do estado de Minas Gerais

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