Negócios

Fidelização de clientes é a chave para o sucesso de uma empresa

Dar início a um empreendimento é um desafio gigantesco que, em muitos casos, consegue ser superado por aqueles que sonham em ter seu próprio negócio. Mas após essa etapa, e o projeto já consolidado, é necessário mostrar algum diferencial para conquistar, reter e fidelizar os clientes, fazendo com que eles não procurem a concorrência na primeira oportunidade.

Para Danilo Mendes, empresário e especialista em gestão de empresas, os novos hábitos da população aliados à tecnologia disponível nos dias de hoje, torna a fidelização de clientes ainda mais importante. “Atrair novos clientes é fundamental, mas, atualmente, fidelizar se torna ainda mais relevante e estratégico. Captar novos consumidores é algo caro e existe uma concorrência gigantesca em todos os lugares. Uma vez que o cliente chega ao seu estabelecimento, seu papel é encantá-lo, entregar um alto valor agregado e superar as expectativas para gerar uma fidelização. O investimento para levá-lo até ali já aconteceu, agora é hora de fazer o seu melhor para que ele fique, gaste mais e com frequência”, relata.

Muitos gestores não sabem como manter os clientes de seu negócio através de inovações na operação. Mas para Danilo, realizar o básico de forma bem feita já pode ser a razão por trás do destaque de uma empresa. “Um bom produto, marketing, posicionamento digital, divulgação física, pesquisas de satisfação e programas de fidelização são ações mínimas que todo o empreendedor deve fazer. Hoje é dia, em um mercado acirrado, tudo isso é praticamente uma obrigação para qualquer negócio. No entanto, o grande diferencial é a maneira de fazer isso. Uma apresentação criativa de um produto com uma campanha original, atendimento personalizado e humanizado, tudo isso fará a diferença para a captação e fidelização dos clientes”, pontua.

De acordo com o empreendedor, existem ferramentas que podem identificar as necessidades dos consumidores, mas é necessário ter cautela. “Desde soluções simples, como pesquisas de satisfação e questionários de identificação, até as mais complexas, como estudos de neurociência e neuromarketing que mapeiam as necessidades das pessoas e, com isso, abrem a possibilidade de promover ações e criar produtos e serviços que as atendam. No entanto, vale lembrar que se Karl Benz, antes de inventar e patentear o primeiro carro, fizesse pesquisas para identificar o que as pessoas da época precisavam, muito provavelmente ele se depararia com resultados como ‘cavalos mais rápidos’ e ‘carroças melhores’, deixando de criar uma das coisas mais inovadoras e transformadoras da humanidade, o automóvel. O ponto é: nem sempre o seu cliente sabe o que precisa e, muitas vezes, é possível ir além das necessidades que ele demonstra ter”, relata.

Para o especialista, quando um empreendimento não está trazendo o retorno esperado é importante contar com a ajuda de alguém que queira apostar nesse negócio. “Quando falamos de investimento, não significa, necessariamente, aporte financeiro. Muitas vezes o empreendedor está em busca do famoso ‘Smart Money’, que são conexões, parcerias, contatos e knowhow, que podem auxiliar e antecipar o crescimento de um negócio de uma forma estruturada. São recursos que o investidor pode usar para melhorar o cenário que o estabelecimento se encontra, mas sempre lembrando que qualquer investimento tem riscos relacionados e o sucesso nunca é garantido”, relata.

Empresários precisam estar atentos aos sinais do mercado para investir no momento certo e não desperdiçar capital em situações de desvantagem. “Por exemplo, em 2020 e 2021 estávamos com uma baixa taxa na Selic, que é a taxa de juros básica do mercado financeiro brasileiro. Com isso, muitos investidores procuraram novas possibilidades de alocação do seu dinheiro e com a grande expansão do mercado digital, principalmente por consequência da pandemia, muitas fintech e edtechs se tornaram atrativas, pois apontavam grandes potenciais de crescimento no cenário daquele momento. Agora, com o mercado mais estável e com a Selic alta, é possível conseguir bons retornos, sem precisar tomar grandes riscos, o que significa que muito dinheiro vai sair de investimentos em empresas para voltar ao mercado financeiro. Nenhum investidor de sucesso negligencia os sinais, tampouco deixa de avaliar o cenário macro para decidir onde investir. Grandes empresários possuem a capacidade de ler e interpretar indícios, aumentando suas chances de sucesso”, finaliza Mendes.

Por Danilo Mendes, empreendedor, empresário e engenheiro de produção, pós-graduado especialista em administração industrial, gestão de empresas e gestão empreendedora.

Leonardo Grandchamp

Supervisor de Redação do Jornal Contábil e responsável pelo Portal Dia Rural.

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