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Finanças pessoais: Entenda como organizar as finanças do casal

por Wesley Carrijo
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Todo casal faz adaptações no decorrer do relacionamento.

No entanto, quando decidem morar juntos, esses desafios se multiplicam e tornam-se protagonistas das situações cotidianas.

Para além dos problemas de convivência, das opiniões divergentes ou das toalhas molhadas espalhadas pelo corredor, a falta de organização financeira ainda é uma das maiores fontes de discussão entre aqueles que escolhem dividir um apartamento.

A seguir, entenda o que você deve fazer para evitar que suas finanças sejam motivo de desavenças:

1. Abra o jogo sobre todos os gastos do mês

Três em cada dez pessoas não compartilham todas as compras que fazem com seus parceiros, segundo a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), de 2019.

Roupas, calçados e acessórios são os itens omitidos que mais aparecem na pesquisa (32%), seguidos por cosméticos (27%) e alimentação (25%).

Em resposta à pergunta sobre o porquê da omissão das compras, a maioria acredita que dessa maneira evitam conflitos desnecessários.

Há ainda os que não gostam de ter seu dinheiro controlado.

No entanto, a omissão desses gastos também pode ser entendida como uma forma de controle, sendo a transparência o único caminho que combina o bem estar da relação e a organização financeira.

Além disso, quase 90% dos entrevistados contam ao parceiro quanto ganham mensalmente, mas só 60% deles sabem a quantia exata e 29% sabem apenas um valor aproximado.

2. Converse sobre orçamento familiar

Parceria do SPC Brasil com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a pesquisa supracitada revela que 85% dos entrevistados conversam sobre finanças, enquanto 15% não tocam no assunto.

Logo, a frequência do tema em meio às conversas diárias merece atenção: dos 85% que falam sobre o orçamento, 51% o fazem regularmente e 21% só iniciam uma discussão quando a situação se deteriora.

O alinhamento das expectativas de cada um oferece maior apoio aos planos do casal, que estará bem encaminhado para investir nos sonhados bens de consumo, como aquele carro do ano ou um apartamento em Cabo Frio.

No que concerne o valor destinado à poupança do casal, a pesquisa aponta que apenas 15% dos entrevistados reservam parte do que resta do orçamento do mês para investimentos pessoais ou familiares.

3.  Determine como ocorrerá a divisão de gastos

Cada boleto pode ser dividido igualmente entre as partes envolvidas, ou o valor aproximado do total de gastos essenciais pode ser repartido, de maneira que as partes paguem o mesmo valor independentemente do que recebem.

O casal pode ainda optar por uma divisão proporcional, que considere os ganhos de cada um e determine quem ficará responsável pela maior parte.

Ou seja, quem ganha mais também paga a maior parte.

Finanças Pessoais

Sobretudo, a segunda opção permite que cada um administre suas finanças separadamente, e que mantenham seus ganhos em contas separadas, como escolheu fazer a maior parte (51%) dos entrevistados pelo SPC.

Acima de tudo, é preciso que os moradores decidam juntos qual é o melhor caminho a seguir, através do diálogo constante, sem que haja espaço para que a última palavra seja de uma só pessoa.

4. O controle dos pagamentos fica com o mais organizado

IPTU, água, eletricidade, gás, alimentação, parcelas de imóveis, aluguel, taxa de condomínio, internet e TV estão entre os gastos básicos de uma casa e são usualmente considerados como gastos conjuntos.

Para estes gastos, é importante que haja um só responsável por efetuar o pagamento, após a divisão dos gastos.

Para tanto, recomenda-se o uso de planilhas e datas previamente definidas.

Guardar recibos e notas fiscais também pode ser uma boa opção para manter o controle, principalmente se a divisão do espaço envolver outras pessoas, como amigos ou familiares.

No caso de uma república de estudantes, por exemplo, o ideal é que se guardem as notas de serviços que envolvem o grupo, como o conserto do chuveiro ou uma geladeira nova.

No final do mês, elas entrarão na divisão.

É importante frisar que gastos pessoais existem e podem ser supervisionados separadamente, contanto que isso não interfira na aquisição de produtos e serviços essenciais ao todo.

5. Encontre seu ponto de equilíbrio financeiro

Acerca das dicas já citadas, deve-se enfatizar que não se tratam de regras fixas.

Não existe uma fórmula perfeita para todos os casais ou grupos que decidem viver juntos.

Habituar-se ao diálogo, não apenas para tratar de questões interpessoais, mas para encontrar o equilíbrio entre as divisões de tarefas e gastos, pode ser a resposta para uma vida financeira saudável.

Quando surge um plano de viagem ou a ideia de melhorar algum espaço da casa, os trate como objetivos reais e comece a organizar seus ganhos, adicione suas metas à planilha, some todos os possíveis gastos, planeje-se.

Todos os dados mencionados estão disponíveis para visualização no site da CNDL. Você pode conferi-los aqui.

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