O Cadastro de Pessoa Física (CPF) é um documento pessoal sensível, mantido sob os cuidados da Receita Federal.
Em muitas situações, é obrigatória a apresentação desse documento, composto por 11 dígitos, como para abertura de conta bancária, inscrição de concurso público, matrícula em universidade e compra virtual e física.
Como o CPF é utilizado para diversas formas de identificação, é fundamental que esse dado pessoal e intransferível seja protegido de golpes e fraudes.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) faz alerta sobre esse tipo de crime.
Um estudo da instituição realizado em 2022 mostrou que 30% dos brasileiros já foram vítimas de golpes, sendo alguns deles: compra de celulares com documentos falsos ou roubados; emissão de cartão de crédito com identificação falsa ou roubada; abertura de contas bancárias com documentos fraudulentos, entre outros.
Acompanhar a situação do próprio CPF pode prevenir esse tipo de crime.
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Como monitorar o CPF?
O CEO da Exato Digital, Leandro Casella, explica que há formas das pessoas se prevenirem contra golpes envolvendo o CPF. Algumas delas são: não compartilhar seus dados em sites duvidosos ou com perfis de redes sociais; questionar como o documento será utilizado ao realizar compras em lojas físicas e acompanhar o “status” do CPF como forma de conferir se há alguma irregularidade.
O acompanhamento da situação do CPF de uma pessoa pode ser feito através de uma solução de verificação de antecedentes.
Para Leandro, o ideal é que o monitoramento seja feito uma vez ao mês, a fim de ter mais garantia que está tudo certo com o documento, principalmente se for utilizado, futuramente, em transações financeiras, como solicitação de crédito, financiamentos ou locações.
“Acompanhar a situação do documento é muito importante, pois, caso um CPF seja exposto inadequadamente, há riscos do titular ter sérios problemas, como empréstimo financeiro fraudulento”, detalha Leandro.
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Fraudes “silenciosas”
Descobrir que foi vítima de vazamento de dados pessoais não foi nada agradável para o advogado Diógenes Augusto Martins.
Ao realizar uma compra virtual em uma plataforma de e-commerce, ele percebeu que alguém tentou fazer uma compra utilizando seu nome e CPF.
A vítima conta que o golpista não conseguiu concluir a compra e que solicitou explicações para a plataforma virtual sobre como seus dados foram expostos, mas não recebeu explicações.
Muitas pessoas não têm a mesma sorte que o advogado e descobrem que foram vítimas de fraude apenas quando recebem notificação de pendência financeira.
“Geralmente, as fraudes ‘silenciosas’ acontecem a partir do vazamento de dados, situação que pode acontecer por meio de vários incidentes como, por exemplo, invasões de sistemas e violações de segurança”, finaliza Casella.