EVP. Essas três letras podem não significar absolutamente nada para você agora, mas é bem provável que em breve você comece a ouvir o pessoal do seu trabalho, especialmente do RH, falando sobre EVP para lá e para cá.
A sigla significa Employee Value Propositon e nada mais é do que a proposta de valor que uma empresa oferece aos seus funcionários. Ou, simplificando ainda mais, é o propósito que aquela empresa comunica para quem trabalha nela. Essa proposta não é, necessariamente, a mesma comunicada para clientes e parceiros.
O EVP já é um velho conhecido dos departamentos de RH de empresas americanas e europeias e começa, aos poucos, a ocupar discussões sobre gestão de pessoas também nas companhias brasileiras.
Carlos Eduardo Ribeiro, sócio-fundador da Air, consultoria estratégica para recursos humanos do grupo HUB, ajuda empresas a entenderem qual o seu EVP e as melhores formas de materializá-lo para seus funcionários.
Ele explica que o conceito apareceu com mais destaque a partir de 1998, quando a consultoria McKinsey publicou um grande estudo sobre guerra por talentos.
As empresas começaram a se dar conta de que para conquistar os melhores trabalhadores seria preciso oferecer muito mais do que um bom salário. Desde então, o EVP se tornou uma ferramenta essencial nessa batalha pelos cérebros mais brilhantes.
Surana Jurdi, especialista em análise de cases empresariais, diz que até mesmo altos executivos e CEOs não sabem definir qual é a proposta de valor das empresas que comandam. Há cinco anos, o trabalho de Surama é levar gestores e altos executivos brasileiros um treinamento nos Estados Unidos.
Hoje, segundo ela, a maior dificuldade dos líderes brasileiros é conseguir conquistar o comprometimento da equipe. “Vejo muitos líderes solitários. Eles não têm sido capazes de criar metodologias nos processos, a ponto dos funcionários se sentirem parte daquilo.” O EVP pode ser uma ferramenta poderosa na conquista desse engajamento.
Mas, afinal, o que é esse tal EVP, por que ele é importante e como ele influencia sua vida no trabalho?
EVP: trocando em miúdos
A proposta de valor de uma empresa é construída pela junção de quatro pilares:
– RECOMPENSA: diz respeito a salários e benefícios oferecidos
– OPORTUNIDADE: qual o plano de carreira da empresa?
– ESSÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO: que tipo de produto ou serviço essa companhia vende, em qual mercado ela atua?
– GESTÃO DE PESSOAS: como são os líderes dessa empresa? Ela investe em formação de lideranças? Os líderes são inspiradores?
EVP ruim x EVP bom
Ribeiro explica que não existe uma empresa com proposta de valor ruim e outra com proposta de valor boa. “O que existe é a proposta da empresa e pessoas que se adaptam e apreciam diferentes propostas”, diz ele. A Ambev, por exemplo, é vista no Brasil como uma empresa onde se trabalha bastante e sobre pressão.
É também uma empresa que remunera esse esforço, seja em salários, seja em promoções. Muita gente pode achar a empresa cruel ou dura demais. Mas o fato é que há milhares de pessoas que se identificam com a proposta e querem trabalhar lá. Não à toa, a Ambev tem um dos processos de trainee mais concorridos do país.
O que a empresa ganha com isso?
Ao ter clareza sobre qual é sua proposta de valor e comunicá-la de forma eficiente aos funcionários, uma companhia consegue:
– Atrair pessoas que realmente compartilhem os mesmos valores da empresa
– Aumentar o engajamento e o comprometimento dos funcionários no dia a dia
– Reduzir a rotatividade de empregados
(Com informações da Revista Época Negócios)
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