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Especialistas ressaltaram a importância da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para a população com mais de 60 anos, mas disseram que ainda há dúvidas, na comunidade científica, se será necessário estender essa dose adicional para outras faixas etárias e se haverá uma revacinação, ou seja, se o imunizante contra o coronavírus vai integrar o calendário vacinal.
Uma avaliação sobre a dose de reforço na população mais velha foi feita em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (18). A comissão tem um grupo de trabalho que monitora a vacinação de idosos no País.
Representante do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Victor Porto reconheceu que um percentual ainda pequeno, de pouco mais de 2 milhões de doses de reforço, foi aplicado na população com mais de 60 anos e lembrou que, mesmo com a elevada cobertura vacinal, a população idosa é a que tem mais riscos de complicações decorrentes da Covid-19.
Ele informou também que a Câmara Técnica Assessora de Imunizações ainda está discutindo se o intervalo de seis meses recomendado entre a segunda dose e a de reforço será mantido. Victor Porto acrescentou que a vacina da Pfizer está sendo a mais comum na dose adicional pela maior disponibilidade de doses e prevê que o reforço na imunização de idosos deve ser completado em breve.
“A expectativa é que até o fim do ano nós vamos ter vacinas suficientes para dar doses de reforço a toda a população acima de 60 anos. Pelo cronograma dos contratos já firmados pelo Ministério da Saúde, a expectativa é receber um total de mais de 500 milhões de doses até o fim do ano”, disse.
Para Victor Porto, o volume seria suficiente para dar duas doses em toda a população com indicação de vacinação e a dose de reforço em toda a população idosa. Além disso, haverá um excedente de doses que poderá ser usado no futuro, se for necessário ainda estender essa orientação de dose adicional para outras faixas etárias.
Para a pneumologista Margareth Dalcomo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), há várias justificativas para garantir a dose de reforço aos mais velhos, como o maior índice de complicações e mortalidade pela Covid-19 e uma proteção menor das vacinas nas pessoas com idade mais avançadas.
A médica enfatizou que o recomendado é que a dose de reforço seja de uma vacina diferente da primeira e segunda doses. Margareth Dalcomo apontou as dúvidas que ainda persistem.
“Fica no ar a pergunta se será necessário, num determinado momento, já com vacinas chamadas de segunda geração, que forçosamente hão de existir, se será necessário fazer a revacinação dessa faixa etária e com que regularidade, coisa que, nesse momento, nós ainda não podemos responder”, observou.
A especialista salientou que o maior desafio, no pós-pandemia, será cuidar das sequelas, porque 80% dos infectados pelo coronavírus terão problemas posteriores, temporários ou permanentes, independentemente da severidade da doença. Ela acredita que serão necessários investimentos em serviços públicos e privados multidisciplinares de reabilitação.
O coordenador do grupo de trabalho que acompanha a vacinação de idosos em todo o País, deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), evidenciou a necessidade de transparência nos dados sobre óbitos nas Instituições de Longa Permanência de Idosos (Ilpis).
“Nos falta também um indicativo para políticas públicas de uma assistência integral à população idosa do Brasil a partir, inclusive, dessa situação de exceção da pandemia que nós vivemos.”
Margareth Dalcomo defendeu a continuidade do uso de máscaras em espaços fechados e classificou a comprovação vacinal, por meio de um passaporte, como um “ato civilizatório”.
A relatora do grupo de trabalho de monitoramento da vacinação de idosos, deputada Carla Dickson (Pros-RN), disse que também está em discussão a questão orçamentária, para garantir a continuidade da vacinação.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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