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Governo fará nova Reforma da Previdência para salvar o INSS

Governo fará nova Reforma da Previdência para salvar o INSS

01/11/2023 às 10h03 Atualizada em 01/11/2023 às 13h03
Por: Ricardo
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INSS / Freepik
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Embora tenhamos vivenciado um significativo processo de Reforma da Previdência em novembro de 2019, surge um questionamento pertinente: será que estaremos à beira de uma nova e indispensável reforma para garantir a viabilidade da Previdência Social? Pode parecer uma perspectiva distante e até mesmo pouco provável no momento atual, mas é um cenário que demanda atenção e planejamento imediatos por parte das autoridades governamentais.

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Estudos recentes realizados pela Secretaria do Ministério da Previdência Social revelam um quadro alarmante, indicando um déficit de proporções bilionárias para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso evidencia que as alterações implementadas pela reforma de 2019 são insuficientes para assegurar a estabilidade e sustentabilidade financeira do sistema previdenciário brasileiro em uma perspectiva de longo prazo.

A apresentação destes números alarmantes foi feita durante a divulgação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano de 2024. Os dados apontam que, apenas para o ano de 2023, o déficit previdenciário pode superar a cifra dos R$ 270 bilhões.

Contrariando a crença popular de que o INSS representa uma fonte lucrativa para os cofres públicos, a realidade nos mostra que a Previdência Social opera com um déficit substancial. Para se ter uma ideia da magnitude do problema, os R$ 270 bilhões de déficit previstos para 2023 correspondem a aproximadamente 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

A projeção financeira para os próximos anos é ainda mais preocupante. Estima-se que, até o ano de 2060, o déficit previdenciário possa ultrapassar a marca de R$ 3 trilhões. Com uma população envelhecendo progressivamente e um número decrescente de contribuintes, a tendência é que o déficit continue a crescer, exacerbando a situação financeira já delicada.

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Diante deste cenário, torna-se imperativo repensar e reformular as regras previdenciárias, visando garantir a sustentabilidade do sistema a longo prazo. Contudo, é importante ressaltar que, até o momento, o tema não figura como uma prioridade para o governo do presidente Lula, que tem se mostrado crítico em relação às medidas adotadas pela reforma anterior.

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Reforma da Previdência de 2019

Quando olhamos para a Reforma da Previdência realizada em 2019, é imprescindível reconhecer sua eficácia, embora seu propósito principal não fosse erradicar completamente o déficit previdenciário, mas sim minimizar seu avanço acelerado. O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou na época que a intenção era conter o ritmo crescente do rombo nas contas da Previdência.

Este tema complexo e desafiador permanecerá em pauta por vários anos, até que uma solução integral e satisfatória seja identificada e implementada. A reforma de 2019 tinha como meta central reduzir o déficit em cerca de R$ 800 bilhões ao longo de uma década, e os resultados iniciais indicam que esta estratégia está se mostrando acertada.

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Nos anos imediatamente subsequentes à implementação da reforma, no intervalo de 2020 a 2022, observou-se uma economia significativa da ordem de R$ 156 bilhões. Este valor não apenas atingiu, mas superou as expectativas, ultrapassando em 78,8% a previsão inicial de economia, que era de R$ 87 bilhões, conforme o texto aprovado pelo Congresso Nacional. Esses números refletem a eficácia da reforma e reforçam a necessidade de medidas estratégicas para lidar com o déficit previdenciário.

Quando será a nova Reforma da Previdência?

É complicado determinar com precisão quando será necessária a implementação de uma nova reforma previdenciária. Segundo Leonardo Rolim, que já ocupou a posição de presidente do INSS, é praticamente certo que haverá a necessidade de novas mudanças nas regras da previdência em um futuro não tão distante, estimando-se que isso ocorra em um pouco mais de uma década, ou seja, a discussão deverá ganhar força novamente por volta de 2030.

Até esse momento, é esperado que o sistema previdenciário continue apresentando déficits, os quais podem se agravar consideravelmente nos próximos anos. Este cenário se deve ao envelhecimento progressivo da população brasileira, combinado com uma tendência de diminuição nas contribuições, resultando em uma situação onde os gastos superam as receitas de forma significativa.

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