O Governo Federal, através do Ministério da Cidadania, pretende acelerar a reformulação do Programa Bolsa Família, para tentar impedir uma nova rodada do auxílio emergencial. Por outro lado, o Ministério da Economia está ouvindo sugestões de especialistas e de outros setores do governo para realizar a reformulação das regras do benefício.
O Ministério da Economia está dando sinais que não vai ceder à pressão pela renovação do auxílio emergencial de forma imediata. O assunto esteve presente durante a campanha dos prencipais candidatos à presidência da Câmara e do Senado, inclusive pelo eleito a presidência da Câmara, Arthur Lira, que é ligado ao Palácio do Planalto.
Também o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que assumiu a presidência do Senado, nesta segunda-feira, com apoio do presidente Jair Bolsonaro, se mostrou favorável ao retorno do auxílio emergencial.
Por outro lado, a equipe econômica, acredita que é necessário esperar mais um pouco para realizar uma nova rodada do auxílio emergencial. Entretanto, já é dada como certa o retorno do auxílio, isso diante do agravamento dos efeitos da doença. Contra esse pensamento, Bolsonaro, argumentou que uma nova rodada do auxílio “quebraria” o Brasil.
Novo Bolsa Família
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse na quarta-feira passada em entrevista à Rádio Bandeirantes que o novo desenho do Bolsa Família está pronto e deve ser lançado já na próxima semana. Após ter trabalhado na reformulação, Onyx pode em breve deixar a pasta para dar lugar a um nome indicado pelo Centrão. O atual ministro migraria para uma cadeira dentro do Palácio do Planalto na reforma ministerial que Bolsonaro deve fazer para acomodar os recentes acordos políticos.
Novo Valor
Existe rumores que com a reformulação do programa, acontecerá uma mudança de valor. Atualmente, o benefício paga R$ 190. A intenção que esse valor passe para R$ 200.
Haverá ainda um ajuste no critério de renda para ingressar no programa, que vai permitir a inclusão de cerca de 300 mil famílias. A situação de extrema pobreza, atualmente reconhecida quando a renda é de até R$ 89 por pessoa, subirá a cerca de R$ 92 por pessoa.
Já a situação de pobreza, quando a renda é de até R$ 178 por pessoa, será alterada para aproximadamente R$ 192 por pessoa.
A ideia do governo também é premiar estudantes de famílias do Bolsa, onde será exigido deles bom desempenho escolar.
Também existe a possibilidade de liberar um microcrédito para quem recebe o Bolsa Família.
O governo também quer criar três bolsas por mérito: escolar, esportivo e científico. A ideia é premiar estudantes de famílias do Bolsa por seus desempenhos nessas áreas.
Detalhes do texto foram discutidos nesta semana em reunião entre Onyx, Guedes e suas respectivas equipes.
Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil