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Grana Extra: Como ‘esticar’ o seguro-desemprego

por Ricardo de Freitas
6 minutos ler

Mais 892 mil trabalhadores entraram na conta do desemprego no país, segundo pesquisa do IBGE no primeiro trimestre do ano. Ao todo, agora, são 13,1 milhões de brasileiros sem ocupação. E quem foi demitido recentemente e teve carteira assinada por mais de seis meses poderá dar entrada no seguro-desemprego. O pagamento varia de três a cinco parcelas e pode chegar a R$ 1.735,29, dependendo do salário recebido durante a ocupação. Mas como garantir que o dinheiro do benefício dure um pouco mais?

Soluções práticas como registrar os gastos para lidar com o período sem emprego podem ser o caminho das pedras para a grana não acabar logo. Eliminar tarifas, como as bancárias, também é uma boa saída, segundo especialistas. Seja de conta corrente ou poupança, as taxas chegam a um gasto semestral de R$ 450, dependendo do banco, uma boa redução de gastos para quem precisa eliminar custos de imediato.

Revisar o orçamento é o outra medida, segundo Alexandre Amorim, gestor de investimentos da Par Mas. “Ao saber para onde vai o dinheiro, é mais fácil controlar gastos supérfluos”, explica. Para ele, o ideal é que, caso o trabalhador tenha direito, evite usar o saldo do FGTS, e deixá-lo como reserva.

“Mesmo apenas com gastos mais necessários, que devem ser avaliados pelo trabalhador, é possível que o valor não seja suficiente para fechar o mês. Negociar pagamentos é uma estratégia, como uso de cheques pré-datados em supermercados, consultas médicas, ou fornecedores mais populares e próximos, além pedir mais dias, dividir prestações maiores ou optar por boletos”, revela. Ao mesmo tempo, Amorim sugere priorizar pagamentos que não são negociáveis, como contas de água, luz, telefone e internet.

REGISTROS RIGOROSOS

Para o professor da Faculdade Celso Lisboa Hélio Meirim, o registro de gastos precisa ser rigoroso. “Deve fazer anotações em um caderno, em uma planilha, ou aplicativo, mas é crucial constar todos os gastos, mesmo que sejam pequenos. Por exemplo, se na segunda-feira foi à entrevista de emprego, anote quanto gastou de passagem, de xerox dos documentos, com água, com refeição. Ao término de cada dia, verifique o custo e, se houve item não essencial”, recomenda.

Regra que deve ser seguida é sobre atrasos de pagamento. Numa situação de pressão, tendo que deixar de pagar, deve-se calcular as consequências. “Fuja das tarifas altas, dos juros ao cheque especial ou do rotativo do cartão de crédito”, orienta Amorim.

Eliminar tarifa bancária para evitar despesa

O especialista Paulo Marchetti, CEO da empresa ComparaOnline, acentua que a redução de itens supérfluos no orçamento pode ser feita nos mais diversos gastos. Diante da necessidade da abertura de uma nova conta bancária, por exemplo, para o recebimento do seguro desemprego, é preciso reduzir outro vilão: as tarifas. Marchetti listou alguns produtos que são interessantes para quem for reduzir esses custos.

 “Alguns bancos oferecem rendimento fácil para esse dinheiro, que rentabiliza o valor ou que têm a possibilidade de transferir o valor facilmente para fundos do próprio banco. É preciso ter cuidado”, afirma Paulo Marchetti.

Segundo Rogério Braga, que é educador financeiro, o dinheiro de quem está desempregado precisa estar a salvo das taxas.

“Retirar do dia a dia as tarifas ajuda a proteger o dinheiro”, revela. Segundo o especialista, a média de gastos com taxas bancárias pode chegar a R$ 80 por mês, totalizando a R$ 450 durante o tempo médio de recebimento do seguro-desemprego.

Há produtos no mercado em que os custos mensais são zero. No Itaú Unibanco, por exemplo, a Conta Serviços Essenciais garante ao usuário quatro saques gratuitos por mês, assim como o produto de mesmo nome no Santander.

Além disso, os demais saques ficam abaixo do cobrado pelo mercado: R$2,30 cada. Tais produtos da conta do Banco do Brasil, não apresentam custo mensal de manutenção.

Outra opção apresentada por Marchetti são os bancos digitais, como Nubank, com abertura e movimentação, como TED e DOC, sem custos.

Benefício só poderá ser sacado com conta na Caixa

Os trabalhadores que tiverem direito ao seguro-desemprego terão que abrir conta corrente ou poupança para receber o valor do benefício. A partir 1º de julho, o pagamento do benefício será feito apenas por meio de depósito em conta, e não mais via saque direto em agências da Caixa Econômica Federal. Ou seja, os beneficiários deverão ser correntistas do banco.

O seguro-desemprego é um abono pago, em parcelas, de forma contínua ou alternada, de acordo com o tempo trabalhado. Pode chegar a R$1.735,29, dependendo do salário recebido pelo trabalhador durante a ocupação.

Podem receber o seguro, empregados que foram dispensados de trabalhos formais, com carteira assinada. Atualmente existem cinco modalidades para pagamento do benefício. Há ainda as modalidades pescador artesanal, empregado doméstico, trabalhador resgatado e bolsa de qualificação profissional.

Segundo o Ministério do Trabalho, pelo menos 55% dos demitidos no país já recebem por meio de depósito na Caixa. Para obter o valor, o trabalhador demitido que não possui conta no banco estatal deverá se dirigir à qualquer agência e requisitar a abertura de conta corrente ou poupança.

Os dados bancários devem ser informados no requerimento do seguro-desemprego, e após o depósito, será possível transferir o dinheiro, no caso de quem possui contas em outros bancos.

Desde o dia 20 de dezembro, a entrada no pedido de recebimento do seguro-desemprego é feita pelo portal do Emprega Brasil https://empregabrasil.mte.gov.br/. No acesso, são pedidos dados pessoais, além de questionário sobre as funções já desempenhadas pelo requente e dados de previdência.

Quem optar por fazer o pedido do seguro presencialmente, pode solicitar o benefício nas SRTE – Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, SINE – Sistema Nacional de Emprego e outros postos credenciados pelo MTb – Ministério do Trabalho.

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informações Jornal O Dia

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