21°C 34°C
Uberlândia, MG
Publicidade

Haddad afirma que desoneração da folha é inconstitucional

Haddad afirma que desoneração da folha é inconstitucional

24/11/2023 às 13h26 Atualizada em 24/11/2023 às 16h26
Por: Leonardo Grandchamp
Compartilhe:
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou nesta sexta-feira (24) seu apoio ao veto presidencial ao projeto de lei que visava prorrogar até 2027 a desoneração da folha de pagamentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente a proposta aprovada pelo Congresso Nacional, que reduziria os tributos pagos por empresas de 17 setores econômicos e pequenos municípios.

Continua após a publicidade

Haddad argumentou que a medida é inconstitucional e resulta em distorções no sistema tributário, sem proporcionar benefícios significativos à economia, como a geração de empregos. Ele destacou que a reforma da Previdência incluiu um dispositivo para proibir novos benefícios fiscais às empresas, visando combater o déficit previdenciário. Essa justificativa, segundo o ministro, é respaldada por um parecer da Advocacia Geral da União.

Leia também: Lula Vetou Prorrogação Da Desoneração Da Folha De Pagamento

O projeto de lei, aprovado recentemente pelo Congresso, propunha manter a contribuição para a Previdência Social de setores intensivos em mão de obra entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta, beneficiando principalmente o setor de serviços. Até 2011, a contribuição correspondia a 20% da folha de pagamento, e esse cálculo será restabelecido em janeiro.

Haddad ressaltou a necessidade de vetar o projeto de desoneração da folha de pagamento, mencionando outro dispositivo constitucional que exige a revisão de todos os benefícios fiscais a cada oito anos. Ele enfatizou que as medidas que concedem benefícios fiscais reduziram a arrecadação do governo em 1,5% do Produto Interno Bruto ao longo dos últimos anos.

Continua após a publicidade

Leia também: CLT: O Que Diz A Lei Da Folha De Pagamento?

O ministro indicou que o fim da desoneração afetará estados e municípios, que recebem repasses do governo federal. Quanto ao impacto nas empresas, Haddad planeja propor medidas para reduzir os efeitos após a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP) nos Emirados Árabes Unidos na próxima semana. Ele espera apresentar um conjunto de medidas ao presidente Lula no final do ano para abordar esse problema.

Haddad também comentou que não acredita que o fim dos incentivos resultará em uma onda de demissões, observando que não houve contratações significativas quando a desoneração foi implementada. Para o ministro, a política de benefícios fiscais adotada nos últimos dez anos não tem trazido benefícios substanciais para a economia brasileira. Antes de enviar novas propostas ao Congresso, ele aguardará a tramitação de projetos existentes, como a reforma tributária e a Medida Provisória 1.185. Essa última regulamenta a subvenção a investimentos e tem o potencial de aumentar a arrecadação em R$ 40 bilhões. Haddad enfatizou a importância de corrigir falhas, como a interpretação equivocada que levou à declaração de ilegalidade da subvenção a custeio pelo Superior Tribunal de Justiça.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
31°
Neblina

Mín. 21° Máx. 34°

29° Sensação
5.14km/h Vento
22% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h15 Nascer do sol
06h06 Pôr do sol
Dom 34° 21°
Seg 33° 20°
Ter 33° 19°
Qua 34° 20°
Qui 35° 20°
Atualizado às 18h07
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,60 +0,00%
Euro
R$ 6,20 +0,00%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,80%
Bitcoin
R$ 321,057,73 +1,59%
Ibovespa
134,572,45 pts -1.41%
Publicidade
Publicidade