IGP-M desacelera para 0,29% em agosto, abaixo do esperado pelos analistas

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma desaceleração em agosto, alcançando 0,29%, em comparação à variação de 0,61% verificada no mês de julho, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas nesta quinta-feira (29). Esse resultado ficou abaixo do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previam uma inflação mensal de 0,46%.

No acumulado do ano, o índice registra uma alta de 2,00%, enquanto nos últimos 12 meses a elevação foi de 4,26%. Em contraste, no mesmo mês de 2023, o IGP-M havia apresentado uma deflação de 0,14%, acumulando uma queda de 7,20% em 12 meses.

No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), a desaceleração foi impulsionada por itens das matérias-primas brutas, com destaque para minério de ferro (-5,54% em agosto, ante +0,78% em julho), batata-inglesa (-27,65%, de -7,11% no mês anterior), farelo de soja (-5,55%, ante -0,32% em julho) e feijão (-9,68%, de +0,99% no mês anterior).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, também desacelerou, subindo apenas 0,09% em agosto, após um aumento de 0,30% em julho. Entre as classes de despesa que compõem o IPC, seis apresentaram desaceleração, com o maior impacto vindo do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação caiu de 2,00% em julho para 0,48% em agosto, destacando-se o subitem passagens aéreas, que passou de 12,06% para 2,60%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou um leve aumento de 0,64% em agosto, uma desaceleração em relação à alta de 0,69% registrada em julho.

Entre os grupos que mostraram redução em suas taxas de variação no IPC, destacam-se Habitação (de +0,36% para -0,08%), Alimentação (-0,84% para -1,11%), Despesas Diversas (de 1,37% para 0,99%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,19% para 0,07%) e Vestuário (de -0,16% para -0,17%). Os principais responsáveis por essas quedas foram a tarifa de eletricidade residencial (de 1,28% para -0,71%), hortaliças e legumes (-8,78% para -16,09%), serviços bancários (de 2,44% para 1,52%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,11% para -0,71%) e calçados (de 0,61% para -0,40%).

Por outro lado, os grupos de Transportes (de 0,64% para 1,22%) e Comunicação (de 0,04% para 0,19%) mostraram avanços em suas taxas de variação, com a gasolina (de 1,60% para 3,62%) e o combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -0,45% para -0,15%) se destacando nessas categorias.

O IGP-M é responsável por calcular as variações de preços ao produtor, consumidor e na construção civil, considerando o período entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Ricardo

Redação Jornal Contábil

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